A catequese não pode parar!
- pelegrincecilia
- 8 de fev. de 2022
- 4 min de leitura
Jo 6, 60-69
Autoras: Regina Camilli e Cecília Pellegrini
Na floresta, a coelha Branquinha estava falando aflita ao celular: - O quê? O sr. Galo precisou se mudar de cidade? E agora?
Dona Árvore, observando a chegada da coelha: - Bom dia Branquinha!
- Bom dia! Respondeu a coelha.
- Que aflição é essa? A frondosa árvore perguntou.
Branquinha contou: - O Galo bateu asas e voou! Ele se mudou!
A abelha Zumira chegou e falou: - Pois é amigos não se fala em outra coisa.
A coelha mais nervosa ainda perguntou: - E agora quem dará catequese? E o encontro das turmas de catequese na Grande Toca, que aconteceria no próximo mês?
Zumira deu a solução: - Uai, é simples, a turma dos Canteiros do Chapadão não irá!
- Não irão? As colegas ficaram chocadas e Branquinha argumentou: - Como assim não irão? Eles se prepararam tanto para esse encontro... Estão tão animados... Estou muito triste porque 10 dos meus 30 filhos fazem catequese e eles estão arrasados...
A abelha completou: - Pois a notícia que tenho é mais triste. Tá todo muito comentando que não tem ninguém para substituir o sr. Galo nos encontros de catequese. É uma pena que ele tenha se mudado para o Bosque dos Vinhedos!
Depois de muito pensar, a coelha disse: - Mas será que não tem nenhum bicho nesta floresta que queira doar um pouquinho do seu tempo para ensinar esses filhotes?
Zumira encontrou alguém: - Ei, já sei! Por que você não doa um pouco do seu tempo, hein!? Afinal, grande parte daquelas crianças são seus filhos!
A coelha ficou agitada: - Ah é! Como? Corro o dia todo prá lá e prá cá com os meus filhotes! É escola, dentista, ballet... E você?! Em vez de ficar voando por aí, beijando todas as flores que vê, por que não doa seu tempo também?
Muito brava a Zumira retrucou: - Ei, peraí! Beijando flores não senhora. Fique sabendo que produzo o melhor mel do bosque Chapadão!
Vendo que uma briga estava se formando, a árvore quis acalmar: - Por favor, que discussão é essa? Que coisa feia! Vocês sempre foram tão amigas.
- Foi a Zumira quem começou, Branquinha falou.
Zumira rebateu: - Não foi não. Foi ela que me ofendeu!
Dona árvore continuou: - Eu ouvi toda a conversa e as duas estão erradas! Brigar e ficar uma ofendendo a outra só vai piorar a situação. Lembre-se que somos criaturas de Deus e a paz que Jesus pregou deve ser mantida!
Uma idosa e cansada tartaruga chegou, era a Tartú: - Oi, amigos, tenho uma notícia super triste...
A árvore, Zumira e Branquinha falaram em uníssono: - O Galo bateu asas e voou e a catequese parou!
Tartú confirmou: - É isso mesmo. Encontrei muitos bichos com seus filhotes reclamando e brigando por causa disso.
Muito chateada a árvore completou: - E o mais triste de tudo é que ninguém teve a iniciativa de resolver o problema.
- E é tão simples resolver... Afirmou Tartú.
Muito curiosos todos perguntaram: - Como?
A Árvore sabia como: - Basta doar um pouco de seu tempo para a catequese dos filhotes e até de adultos!
Branquinha gritou: - Ah é! Já que vocês são tão sabidonas, por que não dão um jeito?
- Se eu pudesse sair daqui, doaria boa parte do meu tempo para ajudar! Afirmou a dona Árvore.
A tartaruga também lamentou: - E se eu não fosse tão lenta e velha, também poderia ajudar na catequese. Afinal, tenho muito a ensinar.
- Ah, Dona Tartú, embora a senhora seja muito sábia, e a dona Árvore muito bondosa, vocês não são especialistas em Bíblia e nem em liturgia. Como podem querer ajudar? A coelha perguntou.
Mas a Tartú explicou: - Branquinha, para ser catequista não precisa ser especialista em Bíblia e nem em liturgia. Precisa ser testemunha de fé, mesmo de uma fé que pode parecer pequenina, mas que está aberta ao dom, ao crescimento e ao exercício da própria missão.
A abelha quis saber: - Missão? Nossa Tartú, você está me deixando confusa!
Dona Árvore ajudou na explicação: - É Zumira, missão! Ser catequista é uma vocação. É um chamado de Deus para uma missão. A vocação está dentro de cada um de nós. Precisamos apenas saber ouvi-la e ter vontade de aceitá-la.
Com muita convicção, a coelha falou: - Eu quero ser catequista! Mas, mas não sei como!
Com muito carinho, dona Tartu explicou: - Ah, minha querida, você aprenderá. É importante que estude, reze e que se esforce para viver o que ensinará aos pequeninos. O resto virá com tempo e com a ajuda do Espírito Santo.
Zumira disse: - Caracas... tive uma ideia! Dona Tartú... Dona Árvore... vocês duas poderiam ser catequistas e nós duas poderíamos aprender com vocês.
Branquinha concordou: - Que ideia genial! Nós duas ficamos responsáveis por trazer os filhotes até aqui e vocês de nos ensinar? O que acham?
A tartaruga e a árvore ficaram radiantes: - Adoramos a ideia!
A abelha propôs: - O que acham de começarmos já?
Branquinha disse: - Então, vamos buscar os filhotes!
Todos completaram: - Vamos viver essa missão! Tchau, pessoal!
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