A mamãe Popó e seus filhotinhos – Dia das Mães
- pelegrincecilia
- 16 de jul. de 2020
- 6 min de leitura
Atualizado: 14 de out. de 2020
Autora: Cecília Pellegrini
Oi amiguinho e amiguinha! A historinha de hoje é sobre o Dia das Mães. E quem deu um beijo bem gostoso na sua mamãe hoje, logo que acordou? Você deu? Muito bem, devemos ser bem carinhosos com ela, mas também precisamos ajudá-la com os serviços de casa, arrumando a nossa cama, tirando a mesa do café, do almoço. Quem ajuda a mamãe? É assim que deve ser. Ah! Eu tenho certeza de que vocês vão adorar a historinha de hoje porque os animaizinhos dessa família que nós vamos mostrar são assim como vocês: carinhosos e ajudam muito a mamãe deles. Com vocês... Nossa querida mamãe porquinha!
Certo dia os filhos da dona Popó, Porquitinho, Porquirrucha, Porquitolina e Porquitilde estavam muito animados e unidos limpando a casa: um varreu, outro passou pano no chão, outro colocou enfeite na mesa da cozinha...
Ao concluírem, Porquitinho falou: - Pronto, terminamos a faxina. Quando a mamãe chegar ela ficará muito feliz em encontrar tudo tão arrumado.
Porquitolina continuou: - Esse será o melhor dia das mães! Desde o dia em que o papai Porcão foi levado para aquela fábrica de salsichas, a mamãe ficou tristinha e está tendo que trabalhar muito para comprar comida para nós.
Os quatro irmãos suspiraram: - Ai que saudades do papai!
A caçula tentou animá-los: - Ei, ei, não vamos ficar tristes. A mamãe chegará a qualquer momento e vocês não querem que ela fique triste, não é?
Todos concordaram: - Isso mesmo!
Porquitinho e Porquitolina gritaram: - Xô tristeza!
As outras irmãs completaram: - Só Alegria!
Com um bouquet de flores nas mãos, Porquitinho contou: - Olhem só que lindo! A mamãe adora flores e essas eu encontrei do outro lado do lago. A mamãe não vive dizendo que eu nado feito um patinho? Pois bem, eu mergulhei, nadei, nadei e aí estão as mais belas flores. Esse será o meu presente para ela.
Porquitolina correu pegar um xale e mostrou: - Vejam só esse xale que eu fiz para dar à ela. A mamãe me ensinou cada pontinho e ela elogia tanto os meus trabalhos de crochet que resolvi fazer para ela o que sei de melhor. Ponto alto, ponto baixo, oito correntinhas e uma laçadinha.
A porquinha fez gestos engraçados e saiu andando pelos cômodos da casa. Os irmãos foram atrás imitando e falando: - Ponto alto, ponto baixo, 8 correntinhas e uma laçadinha.
Porquitilde foi correndo até a cozinha e trouxe algo muito cheiroso: - Tcham, tcham, tcham, tcham. E esse bolo? Sintam o cheiro! Mamãe sempre diz que tenho o dom de fazer comidas gostosas. Esse será o meu presente, o bolo de cenoura que ela adora.
Os irmãos responderam, enquanto ameaçavam avançar no bolo: - E nós também!
- Não, não, não. Esse é da mamãe. Repreendeu a todos.
- Ahhhhhhh! Responderam tristes.
Mas a caçula Porquirrucha lembrou: - Alguma vez a mamãe comeu alguma coisa e não repartiu com a gente?
- Não, responderam os irmãos apressadamente.
Porquitinho deduziu: - Isso significa que todos nós comeremos desse bolo de cenouras que deve estar uma delícia.
E alegres, todos concordaram com um sonoro Hummmmmmm!
- Ooooo Porquirrucha, o que você vai dar para a mamãe? Perguntou Porquitilina.
A caçula, gaguejando respondeu: - Eu? Bem... sabe... sabe que eu não sei?
Os irmãos perguntaram bravos: - Não sabe? Como assim... não sabe?
A irmãzinha respondeu: - Não sei não sabendo. Vocês já fizeram lindos presentes e não sobrou nada para eu fazer. Também, eu sou tão pequenina. Ser caçula dá nisso, a gente nunca faz nada direito.
Penalizado, Porquitinho falou: - Ah Porquirrucha, não fique assim. Você ainda aprenderá todas essas coisas. Mas... Vamos encontrar alguma coisa para você fazer. Todo mundo pensando.
Eles ficaram andando de um lado para o outro, fazendo um som engraçado de porco.
De repente, Porquitolina teve uma ideia: - Já sei: a Porquirrucha poderia escrever uma poesia.
Mas todos gritaram: - Ela não sabe escrever ainda!
- Ah, é! Lembrou Porquitolina.
Novamente o mesmo movimento de todos andando e grunhindo engraçado.
Agora foi a vez da Porquitilde expor sua ideia: - Já sei, já sei, já sei. Eu sou demais! Ela poderia fazer um vestido com aquele tecido shantung verde que a mamãe ganhou da vovó. Ela faria um plissado na barra, um debrum no decote e um...
Foi interrompida pelos irmãos: - Ela não sabe costurar ainda!
- Ah é, respondeu Porquitilde.
Muito triste, Porquirrucha falou: - Eu não disse que eu não sei fazer nada?
Mais uma vez o Porquitinho se compadeceu da caçulinha: - Não fique assim irmãzinha. Pera lá, a mamãe não vive dizendo que você parece um macaquinho quando sobe nas árvores? Então, você poderá pegar deliciosas frutas na floresta e faremos uma cesta linda com elas.
- Obrigada, maninho. Eu vou agorinha mesmo. Gritava a caçula, esfuziante.
Mas Porquitilde, por ser a mais velha aconselhou: - Irmãzinha, não pare para conversar com ninguém e não vá muito longe, tá?
- Tá, tchauzinho. Foi falando e saiu em disparada.
Os irmãos, da porta da casa, gritavam: - Tchau, mas volte logo, antes da mamãe chegar.
E lá foi Porquirrucha procurar as frutas. Só que as horas foram passando, passando e nada da porquinha, nem sinal dela. A noite chegou e a mamãe Popó também.
- Oi filhotes, tudo bem? Perguntou dona Popó.
Muito tristes os filhos responderam: - Oi mamãe!
A mãe ficou curiosa: - O que aconteceu queridos?
Nisso percebeu a ausência da caçula: - Cadê a Porquirrucha?
Chorando Porquitinho falou: - A culpa foi minha, mamãe, foi minha.
A mãe já nervosa: - Fale logo, por favor! Onde está a irmã de vocês?
Porquitolina explicou: - Todos nós fizemos lindos presentes para deixar a senhora feliz nesse dia das mães e aí né, só a Porquirrucha não tinha feito nada e aí...
A mãe aflita: - E aí, o quê? Diga logo!
- Eu dei a ideia dela ir buscar frutas para a senhora. Explicou Porquitinho.
Porquitilde continuou a narrativa: - Mas eu disse para ela não conversar com estranhos...
Quase chorando dona Popó perguntou: - A que horas foi isso?
- Logo de manhãzinha, os filhotes responderam.
A mãe, andando de um lado para o outro, nervosa: - Meu Deus, minha filhinha, tão pequenina e sozinha nesta floresta!!! Vocês vão para a casa da tia, aqui ao lado, expliquem tudo a ela e digam que fui atrás da irmã de vocês.
- Tá mamãezinha. Os filhotes obedeceram.
Os porquinhos foram para a casa da tia e a mãe pegou um casaco de frio para a filha e com uma lanterna se embrenhou na floresta a procurá-la.
Em meio ao som de vento forte e de animais ferozes, dona Popó gritava: - Porquirrucha, Porquirrucha!
Na escuridão da floresta, dona Popó passou horas procurando. Suas patas estavam com enormes bolhas de tanto andar, seu corpo já sangrava, todo arranhado pelos espinhos das plantas. Mas, onde será que está Porquirrucha?
De repente Popó vê um enorme lobo arrastando sua filhinha. Ela avançou sobre o lobo com a fúria de uma leoa, enfrentando-o. O lobo, depois de muito apanhar, saiu correndo, uivando de medo e dor: - Caim, caim, caim.
A querida mamãe dessa história salvou a sua filhinha: - Acorda filhinha, acorde.
Porquirrucha abraçou e beijou muito sua mãe: - Mamãe, mamãezinha!!!!
E assim, queridos amigos, mãe e filha voltaram felizes para casa!
Quando chegaram em casa, seus outros filhos já estavam com os presentes entre as patinhas e gritaram: - Feliz Dia das Mães!
- Obrigada filhinhos, agradeceu dona Popó muito emocionada.
A filha caçula falou triste: - Só eu não tenho presente para te dar, mamãe!
Mas a mãe, com muito carinho explicou: - Eu recebi os meus presentes no dia em que vocês nasceram. Cada um é um presente divino mandado pelo Papai do Céu. Prometam que um cuidará do outro, ajudando, fazendo companhia, respeitando, protegendo uns aos outros. Este é o meu melhor presente.
- Desculpe irmãzinha, falaram os irmãos a Poquirrucha.
Porquitilde completou: - Irmãzinha, nunca mais deixaremos você andar sozinha pela floresta.
Dona Popó falou: - Hum... isso tudo me deu uma fome danada. Que tal o delicioso bolo de cenouras?
Os filhos acenderam a velinha sobre o bolo e Porquirrucha gritava: - Viva a mamãe!
Enquanto a mãe assoprava a vela todos os filhos gritavam: - Viva!
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