top of page

A Mamãe Popó e seus filhotinhos – Dia das Mães

Autora: Cecília Pellegrini

Cenário: interior de uma casa.

Personagens: Narradora, Lobo, Mãe Popó e 4 filhotes: Porquitolina, Porquitinho, Porquirrucha e Porquitilde.

Figurino: Narradora = um macacão ou uma bata com figuras de fêmeas com seus filhotes. Mãe Popó e filhotes = fantasia de porquinhos.

[4 filhotes porquinhos entram em cena e ficam estátua, cada um numa posição bem engraçada.]

NARRADORA: - Bom dia crianças! Hoje comemoramos o Dia das Mães, não é? E quem deu um beijo bem gostoso na sua mamãe hoje, logo que acordou? [esperar respostas] Muito bem, devemos ser bem carinhosos com ela, mas também precisamos ajudá-la com os serviços de casa, arrumando a nossa cama, tirando a mesa do café, do almoço. Quem ajuda a mamãe? É assim que deve ser. Ah! Eu tenho certeza de que vocês vão adorar a historinha de hoje, porque os animaizinhos dessa família que nós vamos mostrar são assim como vocês: carinhosos e ajudam muito a mamãe deles. Com vocês...

TODOS OS PORQUINHOS: - Nossa querida mamãe porquinha!

[Música bem animada]

[Os filhinhos porquinhos com acessórios de limpeza começam a limpar a casa: um varre, outro passa pano no chão, outro coloca enfeite na mesa, etc.]

NARRADORA: [inspira] - Sintam o cheirinho gostoso de limpeza. Dona Popó é uma porquinha caprichosa e gosta de tudo muito, mas muito limpinho. Vejam só como seus filhinhos trabalham animados e unidos. Eles ajudam a mãe deles todos os dias e hoje querem deixar tudo brilhando para alegrar ainda mais a Dona Popó.

PORQUITINHO: - Pronto, terminamos a faxina. Quando a mamãe chegar ela ficará muito feliz em encontrar tudo tão arrumado.

PORQUITOLINA: - Esse será o melhor Dia das Mães! Desde o dia em que o papai Porcão foi levado para aquela fábrica de salsichas, a mamãe ficou tristinha e está tendo que trabalhar muito para comprar comida para nós.

TODOS: - Ai que saudades do papai!

PORQUIRRUCHA: - Ei, ei, não vamos ficar tristes. A mamãe chegará a qualquer momento e vocês não querem que ela fique triste, não é?

TODOS: - Isso mesmo!

PORQUITINHO e PORQUITOLINA: - Xô tristeza!

PORQUIRRUCHA e PORQUITILDE: - Só Alegria!

PORQUITINHO: - [com um buquê de flores] Olhem só que lindo! A mamãe adora flores e essas eu encontrei do outro lado do lago. A mamãe não vive dizendo que eu nado feito um patinho? Pois bem, eu mergulhei, nadei, nadei e aí estão as mais belas flores. Este será o meu presente para ela.

PORQUITOLINA: - Vejam só esse Xale que eu fiz para dar a ela. A mamãe me ensinou cada pontinho e ela elogia tanto os meus trabalhos de crochê ,que resolvi fazer para ela o que sei de melhor. Ponto alto, ponto baixo, oito correntinhas e uma laçadinha [a porquinha faz gestos engraçados e sai andando pelo palco. Os irmãos vão atrás imitando e falando]: - Ponto alto, ponto baixo, 8 correntinhas e uma laçadinha.

PORQUITILDE: - Tcham, tcham, tcham. E esse bolo? Sintam o cheiro! Mamãe sempre diz que tenho o dom de fazer comidas gostosas. Esse será o meu presente, o bolo de cenoura que ela adora.

TODOS: - E nós também! [Fingindo avançar no bolo]

PORQUITILDE: - Não, não, não. Esse é da mamãe.

TODOS – Ahhhhhhh! [tristes]

PORQUIRRUCHA: - Alguma vez a mamãe comeu alguma coisa e não repartiu com a gente?

TODOS: - Não.

PORQUITINHO: - Isso significa que todos nós comeremos desse bolo de cenouras que deve estar uma delícia.

TODOS – Hummmmmmm! [Alegres]

PORQUITOLINA: - Ôoooo Porquirrucha, o que você vai dar para a mamãe?

PORQUIRRUCHA: - Eu? Bem... sabe... sabe... que eu não sei?

TODOS: - Não sabe? Como assim não sabe? [bravos]

PORQUIRRUCHA: - Não sei não sabendo. Vocês já fizeram lindos presentes e não sobrou nada para eu fazer. Também, eu sou tão pequenina. Ser caçula dá nisso, a gente nunca faz nada direito.

PORQUITINHO: - Ah Porquirrucha, não fique assim. Você ainda aprenderá todas essas coisas. Mas... vamos encontrar alguma coisa para você fazer. Todo mundo pensando.

[Todos ficarão andando pelo palco, cada um de um lado diferente, fazendo um som engraçado de porco.]

PORQUITOLINA: - Já sei. A Porquirrucha poderia escrever uma poesia.

TODOS: - Ela não sabe escrever ainda!

PORQUITOLINA: - Ah é.

[Novamente o mesmo movimento em cena – som engraçado de porco.]

PORQUITILDE: - Já sei, já sei, já sei. Eu sou demais! Ela poderia fazer um vestido com aquele tecido chantung verde que a mamãe ganhou da vovó. Ela faria um plissado na barra, um debrum no decote e um...

TODOS: - Ela não sabe costurar ainda!

PORQUITILDE: - Ah é.

PORQUIRRUCHA [triste]: - Eu não disse que eu não sei fazer nada?

PORQUITINHO: - Não fique assim irmãzinha. Pera lá, a mamãe não vive dizendo que você parece um macaquinho quando sobe nas árvores? Então, você poderá pegar deliciosas frutas na floresta e faremos uma cesta linda com elas.

PORQUIRRUCHA: - Obrigada Maninho. Eu vou agorinha mesmo.

PORQUITILDE: - Irmãzinha, não pare para conversar com ninguém e não vá muito longe, tá?

PORQUIRRUCHA: - Tá , tchauzinho.

TODOS: - Tchau, mas volte logo, antes da mamãe chegar.

[A Porquirrucha sai pelo lado direito e a narradora entra pelo esquerdo. Os porquinhos ficam estátuas em cena, enquanto a narradora fala]

NARRADORA: - E lá foi Porquirrucha procurar as frutas. Só que as horas foram passando, passando e nada da porquinha, nem sinal dela. A noite chegou e a Mamãe Popó também. Agora a história vai esquentar. [sai de cena pelo lado direito]

[A mãe entra pelo lado esquerdo]

MÃE: - Oi filhotes, tudo bem ?

TODOS: - Oi mamãe! [tristes]

MÃE – O que aconteceu queridos? [percebe a ausência da caçula] Cadê a Porquirrucha?

PORQUITINHO [chorando]: - A culpa foi minha, mamãe, foi minha.

MÃE: - Fale logo, por favor! Onde está a irmã de vocês?

PORQUITOLINA: - Todos nós fizemos lindos presentes para deixar a senhora feliz nesse Dia das Mães e aí né, só a Porquirrucha não tinha feito nada e aí...

MÃE [aflita]: - E aí, o quê, diga logo.

PORQUITINHO: - Eu dei a idéia dela ir buscar frutas para a senhora.

PORQUITILDE: - Mas eu disse para ela não conversar com estranhos...

MÃE [quase chorando]: - A que horas foi isso?

TODOS: - Logo de manhãzinha.

MÃE: - Meu Deus, minha filhinha, tão pequenina e sozinha nesta floresta. Vocês vão para a casa da tia, aqui ao lado, expliquem tudo a ela e digam que fui atrás da irmã de vocês.

TODOS: - Tá mamãezinha.

[Os porquinhos saem pelo lado esquerdo e a mãe pega um casaco de frio para a filha e finge estar procurando a filha com uma lanterna entre as crianças da plateia.]

[Sons de vento, animais ferozes, etc.]

MÃE [gritando]: - Porquirrucha, Porquirrucha!

[A mãe andará pela plateia e se esconderá. Haverá uma esponja com tinta e ela manchará a sua roupa de vermelho.]

NARRADORA: - Na escuridão da floresta, Dona Popó passou horas procurando. Suas patas estavam com enormes bolhas de tanto andar, seu corpo todo arranhado pelos espinhos das plantas. Mas, onde será que está Porquirrucha?

[A mãe aparece em cena muito cansada e toda suja de sangue. Entra em cena o Lobo arrastando a Porquirrucha. O lobo estará com um enorme guardanapo no pescoço e um enorme garfo e faca nas mãos.

[música trágica]

MÃE [vê a filha]: - Minha filha, minha filhinha.

[A mãe avança sobre o Lobo (uivos, sons de briga de animais)]

NARRADORA: - E com a fúria de uma leoa, Dona Popó enfrenta o Lobo que sai correndo de medo.

LOBO [imitando um cachorro chorando]: - Caim, caim, caim.

NARRADORA: - E a querida mamãe dessa história salva a sua filhinha.

MÃE: - Acorda filhinha, acorde.

PORQUIRRUCHA: - Mamãe, mamãezinha [abraços e beijos].

NARRADORA: - E assim, queridos amigos, mãe e filha voltam felizes para casa!

[Entra em cena todos os porquinhos com seus presentes.]

TODOS: - Feliz Dia das Mães!

MÃE: - Obrigada Filhinhos.

PORQUIRRUCHA: - Só eu não tenho presente para te dar, mamãe!

MÃE: - Eu recebi os meus presentes no dia em que vocês nasceram. Cada um é um presente divino mandado pelo Papai do Céu. Prometam que um cuidará do outro, ajudando, fazendo companhia, respeitando, protegendo uns aos outros. Este é o meu melhor presente.

TODOS – Desculpe irmãzinha.

[Enquanto a Porquitilde fala a Porquitolina acende a velinha do bolo]

PORQUITILDE: - Irmãzinha, nunca mais deixaremos você andar sozinha pela floresta.

MÃE: - Hum, Isso tudo me deu uma fome danada. Que tal o delicioso bolo de cenouras?

PORQUIRRUCHA: - Viva a mamãe!

TODOS: - Viva! [A mãe apaga a vela]

Posts Relacionados

Ver tudo
Pipoca e Paçoca - Dia das Crianças

Autoras: Cecília Pelegrini e Vera Pastrello As crianças estavam todas sentadas aguardando a chegada de um palhaço para diverti-las. Uma...

 
 
 
A alegria do encontro

Lc 1,26-38 Autoras: Cecília Pellegrini e Padre Magalhães Cenário: Uma cortina de circo Personagens: Mágico, Bailarina, Palhaça Paçoca,...

 
 
 

Comentarios


bottom of page