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A ovelhinha e o seu Bom Pastor

Jo 10,1-10

Autoras: Cecília Pellegrini e Vera Pastrello

Certo dia o Pastor Amaro estava com seu rebanho e disse: - Fiquem aqui que eu vou procurar água pra vocês.

As ovelhinhas responderam com um sonoro: - Méééééé! E depois ficaram conversando para aguardar o retorno do bom homem.

A Lelé começou o bate papo: - Vocês acham que nós somos bichos espertos? Não sou Lelé da cuca não, mas nós ovelhas somos bobinhas, bobinhas!

Bobinhas exclamaram algumas, sem entender...

A ovelhinha Lili ajudou a Lelé explicando: - É companheiras, vocês sabem que os animais sentem o cheiro de água mesmo que estejam bem longe de algum rio? Pois é, mas nós, ovelhas, somos incapazes de sentir o cheiro d’água mesmo que haja um lago na colina mais próxima.

Lulu concordou: - E além do mais nem senso de direção nós temos: não somos capazes de achar o caminho de casa se estivéssemos perdidas.

A Lili continuou: - O pior é que não sabemos nos defender. Se uma onça vier atrás de alguma de nós, já era, porque não conseguimos nos defender.

A Lalá não gostou: - Ovelhinha Lili, pare de falar mal de nós!

A Lili se explicou: - Ovelhinha Lalá, não se sinta envergonhada de ser tão boba assim. - Vocês sabem como um bicho tão bobo assim como nós consegue sobreviver?

Lelé refletiu: - Essa é uma boa pergunta. A verdade é que dependemos do nosso pastor para tudo: comida, água...

Lulu concluiu: - Abrigo e proteção. Nós não conseguiríamos sobreviver uma semana sem nosso pastor.

Enquanto a Lelé e a Lulu falaram a Lili começou a se distrair com os estímulos que estavam no campo: eram flores, borboletas, etc. e foi se distanciando.

O Pastor Amaro chegou trazendo a boa notícia: - Vamos, já achei água.

As ovelhas saíram atrás do Pastor, menos Lili que após muito tempo, ao perceber que está sozinha sentou-se embaixo da janela da toca do tatu Magalhães e começou a chorar bem alto.

O senhor tatu Magalhães apareceu cantarolando na janela, olhou para cima e contemplou o sol com alegria: - Lá, lá, lá... Que dia lindo! Obrigado Senhor por este sol gostoso que me aquece nesta manhã. Vou pegar um bronze maneiro...

A ovelhinha chorava muito: - Mééééééé, Mééééé

O tatu questionou: - Ora, ora. Quem poderia estar triste num domingo tão lindo?

Lili chorou ainda mais alto: - Méééééééééééééééé.

Ele pediu: - Hei, ovelhinha, pare de chorar. Daqui a pouco você inundará a frente da minha casa.

A ovelha se desculpou: - Desculpe senhor...

- Magalhães, às suas ordens. Mas qual o motivo de tanta choradeira?

- É que eu estou perdida.

- Perdida, tipo perdidona? Sem ninguém? Andando por aí sozinha?

- É, assim mesmo. Méééééééé. Lili berrava desconsolada.

- Coitadinha. Você deve estar faminta. Vou dividir o meu café da manhã com você. É pouco porque estou desempregado sabe, mas dará para você se alimentar.

Faminta e emocionada ela agradeceu: - Muito, muito obrigada. Hum, que delícia...

- Qual é o seu nome? Ele perguntou e ela respondeu: - Ovelhinha Lili

Com muita compaixão ele ajudou ainda mais: - Toma aqui Lili, coma a minha parte também. Você está precisando mais do que eu.

Lili comentou: - O senhor é muito bom. Igualzinho o pastor que cuida do rebanho que eu pertenço.

- Tenho certeza de que o seu bom pastor deve estar procurando você. Afirmou o tatu,

Ela discordou: - Imaggggggggiiiiiiiina! O rebanho dele tem 280 trilhões, 958 bilhões, 740 mil e 15 ovelhas. Olha aqui o meu número.

Depois mostrou um número enorme escrito nas costas.

O sr. Magalhães continuou a argumentar: - Mas para um bom pastor todas suas ovelhas são importantes. Tenho certeza de que ele conhece cada uma pelo nome.

Ela concordou: - Isso lá é verdade. Quando estamos pelo pasto ele chama cada uma pelo nome. Ai que saudades quando ele falava bem alto: - Lili, o caminho é por aqui. Volte que aí tem um abismo. Sabe né, sr. Magalhães, abismo, um barranco enorme nas montanhas.

- Sei sim. E foi numa dessas vezes que você foi se distanciando dos seus amigos do rebanho e quando viu... estava perdida.

- É mééééééééé. Ela se sentou no chão e ficou chorando.

De repente ouviu-se um chamado: - Ovelhinha Lili, Ovelhinha Lili!

O tatu comentou: - Eu escutei alguma coisa.

- Que nada Sr. Magalhães, deve ser sua imaginação. Mééééééé. Ela continuou chorando.

O Pastor continuava a chamar e a procurar em todos os matinhos que encontrava pelo caminho: - Ovelhinha Liliiiiiiiiiiiiiii...

O senhor Magalhães falou: - Escutei, escutei. Estou ficando velho, mas não estou surdo.

A ovelhinha gritou alegre: - Eu também ouvi. É ele, é ele. É o meu Bom Pastor.

Lili saiu correndo ao encontro do pastor e os dois se abraçaram.

Muito, mas muito feliz ela exclamou: - Como é bom estar com você! Tchau, Sr. Magalhães, obrigada por tudo!

Pastor e ovelha seguiram o seu caminho, enquanto o tatu olhava da janela de sua toca: - Tchau, Lili!

E vendo os dois se distanciarem pensou: - Eu acertei em cheio, o Pastor apesar de cuidar de tantas ovelhas, percebeu a ausência da Lili e saiu procurando até encontrá-la. Adoro final feliz.

Tchau, pessoal!

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