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A água e o homem

Atualizado: 14 de out. de 2020

Campanha da Fraternidade de 2004 – A Fraternidade e a água.

Autora: Cecília Pellegrini


A nossa historinha conta a vida de um pequeno rio chamado Ryan, que vivia rodeado por muitas árvores e flores.

Certo dia ele amanheceu todo feliz e depois de dar uma espreguiçada começou a acordar todos os amigos: - Que dia lindo! Peixinho Peixoto, árvore Arlete, flores Margarida, Rosa e Jasmim, acordem!

Peixoto foi o primeiro a pular animado: - Bom dia, com alegria!

Ryan exclamou radiante: - Os raios de sol chegam até mim e a temperatura da água fica tão boa! Como estou feliz!

A árvore Arlete concordou: - Eu também estou feliz, amigo rio. Graças à vocês minhas folhas estão verdinhas e logo, logo começarão a aparecer os meus frutos. Não é Tilico?

Tilico é um passarinho que fez seu ninho num dos galhos da Arlete e começou a cantarolar uma linda canção...

Mas a música foi interrompida com a fala da Margarida: - Oi pessoal, bom dia! Com esse falatório todo, nós acordamos.

Ryan respondeu: - Já está na hora de acordar.

A árvore interrompeu com um pedido: - Silêncio, estou ouvindo algo...

Todos pararam de conversar e confirmaram: - Vem vindo gente aí...

A Arlete lá de cima conseguiu ver as pessoas e avisou: - São duas crianças, mais ou menos com 10 anos e estão com uniforme escolar.

Como eram seres humanos, os amigos ficaram imóveis para não assustá-los.

O aluno Rodrigo falou: -  Como estou cansado Mateus, tudo por um pouco de água! Vou beber água nesse rio.

Mateus bebeu também: -  Que delícia, geladinha, limpa. Você sabia Rodrigo que, proporcionalmente, a quantidade de água existente no planeta Terra e a quantidade de água existente no corpo humano são iguais?

Rodrigo achou confuso: - Como assim, não entendi. Acho que nas aulas de ciências eu não estava prestando atenção.

O amigo explicou: - O planeta Terra é 70% coberto por água e no nosso corpo também, 70% é composto por água. Na criança pode ter um pouco mais e no idoso um pouco menos. É a falta de água que enruga a pele. Qualquer perda tem que ser reposta e o organismo sinaliza através da sede.

Agora o Rodrigo entendeu a explicação: - Entendi: o ser humano corre, pula, trabalha muito e por isso elimina água pelo suor. A temperatura do corpo aumenta e a sede logo aparece. O meu corpo agora está dizendo: - Abaixou o nível de água, beba água e é isso que farei, bebendo mais dessa água gostosa...

Mateus contou uma novidade: - Rodrigo, você sabia que o homem pode ficar 28 dias sem alimento, mas apenas 3 dias sem água?

O amigo ficou perplexo e correu até o rio beber mais água: - Pôxa! Mais água pra você, corpo. O papo está bom, mas vamos fazer o nosso piquenique? Estou com uma fome...

Mateus e Rodrigo sentaram na beira do rio, embaixo da árvore e foram logo abrindo as suas mochilas. Eles tiraram tudo o que trouxeram para o piquenique: eram pacotes de salgadinhos, latas de refrigerantes, lanches embrulhados em papel alumínio, balas e chocolate de sobremesa... Eles comeram tudo e deixaram toda sujeira na beira do rio. Depois pegaram as mochilas e foram embora.

O rio ficou indignado e falou: - Vocês viram? Primeiro eles bebem e elogiam e depois deixam a sujeira aqui.

E a árvore continuou: - E eles só comem produtos industrializados. Eu não vi nenhuma fruta, não vi leite, suco...

Peixoto também deu sua opinião: - Gente malvada, gente inconsequente. Estão sujando o meu lar.

Ryan fez uma análise importante: - O pior é que eles têm consciência da nossa importância. Eles sabem o quanto precisam de água para viverem, mas mesmo assim não preservam, não cuidam da natureza. Isso chama-se egoísmo. O que importa é o aqui e o agora. Quem chegar depois que limpe... É triste ver pessoas assim.

A Margarida quis justificar: - Espera aí, eu estou aqui pensando... Esses dois alunos não são as únicas pessoas no mundo que fazem isso. E outra: só foi uma sujeirinha. Não vamos exagerar né?

Sua irmã Rosa alertou: - Mas irmãzinha, pense bem: começa assim: uma sujeirinha aqui, uma sujeirinha ali.

O peixe concordou: - É isso mesmo, não podemos permitir e eu tenho medo que neste rio aconteça o que aconteceu com muitos outros.

- O quê? Todos quiseram saber...

E o Peixoto, com uma voz trágica disse: - A morte...

E todos ficaram amedrontados: - Oh! A morte!

Depois de alguns minutos Ryan quebrou o silêncio para o seu lamento: - O peixe tem razão, os homens estão estragando a natureza, principalmente a água do planeta. Sabiam que os homens estão indo nas margens dos rios e estão arrancando todas as plantas e que as indústrias estão jogando óleo e produtos químicos nos rios e mares?

Arlete concluiu: - Se o rio morre, as plantas dentro do rio morrem, as plantas na beira do rio morrem e os animais morrem também.

Um clima de desespero se instalou e todos se deram as mãos como numa despedida diante da morte: - Nossos dias estão contados!!

Queridos leitores, eu pergunto a vocês: - E aí? Nós vamos deixar que os poucos rios que ainda não estão poluídos se acabem? Nós vamos continuar jogando fora a água limpa? Vamos desperdiçar? O que vocês acham que podemos fazer? Converse com sua família e encontrem soluções sustentáveis. 

A situação do nosso planeta e principalmente das águas do nosso planeta é muito séria. Então, ajudem-nos a espalhar para as pessoas que devemos economizar e preservar o pouco que nos resta. Se as gerações passadas foram irresponsáveis, hoje nós estaremos lutando sempre por uma vida saudável para todos os seres humanos.

“Uma gota. Nada além de uma gota e nela tudo! Todo um mundo!”

A água é a fonte da Vida!

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