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A indígena Potira com suas ovelhinhas

Atualizado: 19 de mai. de 2022

Jo 10,1-10

Autora: Cecília Pellegrini

Na floresta a Indígena Potira cuidava do seu rebanho com muito carinho. Certo dia as ovelhas estavam pastando e bastava a pastora chamar cada uma pelo nome que todas vinham felizes: - Lili, Megara, Fofinha, Doçura, Gracinha! Fiquem brincando enquanto eu vou pegar água para deixar no curral.

Ela foi até o rio com um balde, quando Lili comentou: - Poxa amiguinhos, a indígena Potira cuida tão bem de nós, não é?

As ovelhas felizes responderam: - É sim, méééééééé.

Megara até detalhou: - O que eu mais gosto nela é que ela me chama pelo nome.

E imitando a voz da indígena a ovelhinha chamou alto: - Megara!

Lili também quis imitá-la: - Ela me chama assim ó: - Ovelhinha Liliiiiiii!

A Megara observou: - É legal quando nos conhecem e nos chamam pelo nome, não é?

Lili riu e respondeu: - Claro, né Megara! Ou você queria que falassem: Oooooo coisa... Oooooo Fulana, Beltrana, Sicrana. Você tem cada uma.... Cada um tem o seu nome e quer ser chamado pelo nome.

A amiga lembrou: - Você fala assim porque agora se sente segura, né. Você se lembra quando aquele falso pastor nos levou para o caminho do rio para servirmos de comida para as piranhas?

Lili relembrou o sofrimento: - Nem nos lembre disso, Megara. Foi um horror, ele queria que as piranhas nos atacassem enquanto ele e o seu bando atravessassem sossegados o rio.

Mas Megara contou o final: - É, mas aí apareceu o verdadeiro pastor, quer dizer, pastora, a Indígena Potira.

A ovelhinha Doçura lembrou: É, e vocês viram como ela convenceu o cacique para que ele a deixasse ficar conosco aqui na aldeia?

Foi a vez da Fofinha falar: - Poxa ela é uma pastora demais! Nos acolheu, cuida de nós e nos leva só para o bom caminho.

A indígena chegou com a água: - Pronto, pronto, aqui está água fresquinha para ninguém sentir sede à noite. Tem bastante capim também.

As ovelhinhas agradeceram felizes: - Mééééééé.

Potira pediu: - Então entrem porque já está escurecendo.

Todas obedeceram e entraram no curral.

A pastora continuou: - Pronto, agora posso ir dormir tranquila. Megara, feche a porta por dentro.

Ela obedeceu e fechou a porta: - Mééééé.

A indígena se despediu: - Boa noite, amiguinhas!

Todas responderam: - Mééééé.

Potira entrou na sua tenda e as ovelhas dormiram em paz.

De repente, um Lobo se aproximou sorrateiramente: - Ah... A indígena Potira já foi dormir. Vou esperar, como quem não quer nada para ela pegar num sono pesado e aí vou roubar uma dessas ovelhas. Aliás, pretendo vir aqui todas as noites e destruir uma por uma. Eu sou um lobão esperto!!!

Após esperar meia hora ele concluiu: - Já passou um bocado de tempo, deu até para a Indígena começar a sonhar. Parece que as ovelhas já estão dormindo também. Vai ser moleza... Vou pular...

Ele tentou pular a cerca do curral, mas não conseguiu: - Ora, ora, essa indígena construiu uma fortaleza. Já sei, vou despertá-las e vou fingir que sou a Potira. Eu sou muito esperto mesmo!

O Lobo se escondeu atrás de uma moita, tossiu várias vezes para limpar a garganta e afinou a voz: - Socorro! Socorro!

A Lili foi a primeira a escutar: - Irmãzinhas, irmãzinhas, acordem!

As ovelhas ainda sonolentas perguntaram: - Ahhhhhh... O que foi?

Lili respondeu: - Eu ouvi alguém pedindo socorro.

Megara desdenhou: - Que nada você está sonhando! Volte a dormir Lili!

E todas voltaram a dormir.

O Lobo tossiu e insistiu: - Socorro! Socorro!

Agora foi Megara quem chamou: - Acordem. Eu ouvi um pedido de socorro também.

O Lobo gritou: - Ovelhinhas, me ajudem por favor.

Fofinha perguntou: - Quem está aí?

O Lobo afinou a voz o quanto pode: - Sou eu, a Potira e prendi a minha perna num galho.

Compadecida, Megara falou: - Nossa, vamos logo ajudá-la. Abra a porta Lili, rápido!

As ovelhinhas concordaram: - Rápido, Mééééééé.

Mas Fofinha pediu prudência: - Espera Megara, temos que ter certeza de que é a nossa amiga.

O Lobo começou a gemer, fingindo estar com dor: - Aiiiiiii... está doendo muito.

Megara apurou bem os ouvidos: - Pera aí, parece que não é a Potira, não.

O lobo bravo, começou a falar com voz grossa, mas logo percebeu e afinou: Sou eu sim! Claro que sou eu, amiguinhos. Abram a porta logo! Está doendo muito.

Mas Lili não teve dúvidas de que se tratava de falcatrua: - Nós conhecemos a voz da nossa amiga, tá!? E sabemos que você não é ela.

E Megara avisou: - Dessa vez ninguém vai nos enganar, não.

Ele olhou no relógio, falou grosso e levantou-se: - O tempo já passou e está quase amanhecendo. Preciso agir rapidamente.

Ele se deslocou até o curral e disse: - Parece que vocês são mais espertas do que pensei. Acabou a brincadeira, agora eu vou é devorar cada uma e é pra já.

As ovelhas começaram a gritar desesperadas e o lobo feroz já estava tentando pular a cerca.

As ovelhas gritaram o mais alto que puderam: - Méééé. É o Lobo, é o Lobo!

A fera respondeu: - Lógico que é o lobo. Pensaram o quê? Que era a vovó da Chapeuzinho Vermelho? Suas ovelhas bobinhas.

Elas, em pânico com a ameaça tão próxima, esgoelaram: - Mééééé.

Potira acordou com a gritaria, saiu da tenda com um pau e espantou o lobo que fugiu latindo feito um cachorrinho.

As ovelhas abriram a porta do curral e saíram ainda nervosas. A indígena abraçou e acalmou as pobrezinhas: - Pronto, pronto. O perigo já passou.

Elas olharam para os lados para certificar que o lobo tinha mesmo ido embora.

A pastora elogiou: - Vocês foram muito corajosas, viu!?

Fofinha disse: - Você é que foi corajosa lutando com aquele lobo malvado.

Lili começou a contar como tudo aconteceu: - Ele disse que era você, Potira.

- Mas nós não acreditamos. Completaram as ovelhas.

E Megara explicou o porquê: - Nós reconhecemos a sua voz de longe!

Doçura confirmou: - Quando escutamos a sua voz, temos segurança e paz.

A Pastora fez uma linda declaração de amor: - Vocês sabem que eu amo cada uma das minhas ovelhas e que sou capaz de dar a minha própria vida para salvá-las.

Gracinha respondeu por todas: - Sabemos sim e queremos ficar com você pra sempre!

As amigas concordaram: - É isso aí, méééé.

Potira falou: - Então, vamos para os campos do norte, pois lá tem água e capim em abundância.

As ovelhinhas felizes gritaram: - Viva a nossa pastora. Méééé!

Confiantes elas seguiram a indígena, ficando protegidas de toda a maldade.

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