Acreditar pra tudo melhorar
- pelegrincecilia
- 21 de mar. de 2019
- 6 min de leitura
Atualizado: 7 de fev. de 2022
Jo 11,1-45 ou 3-7.17.20-27.33-45
Autora: Cecília Pellegrini
HISTORINHA RESUMIDA
Certo dia, em um lindo jardim, a erva daninha ficou quietinha espionando o movimento com sua fiel companheira, a Abelha. Elas observavam as amigas flores: Rosa e Margarida, que brincavam com o botão pequenino que ainda nem havia desabrochado, quando de repente, a Naturalina chegou, mas ao mesmo tempo veio se despedir, avisou que precisava ir para a floreta Amazônica, ajudar as pobres plantinhas que estavam sendo desmatadas. A Erva Daninha, que estava observando tudo, ficou animada! A Naturalina se afastando, dava brecha para ela sufocar as plantinhas indefesas, até elas ficarem fracas e sem vida. Quanto mais medo as flores tinham, mais a Erva Daninha se fortalecia, mas a Abelha não estava gostando do que via, não imaginava o quanto sua grande amiga era má.
Após a Erva Daninha se fartar, ela encostou-se em uma árvore para tirar um cochilo, pois estava farta de tanta seiva. Nessa hora, as flores começaram a pedir ajuda baixinho, precisavam avisar a Naturalina de tudo que estava acontecendo, mas ela já estava longe! Foi aí que a Abelha decidiu ajuda-las! Iria voando até a Amazônia chamá-la. E assim foi feito!
Após alguns dias, a Naturalina chegou no jardim, mas era tarde... A Rosa já tinha sido enterrada. Quando ninguém mais tinha esperança, a Naturalina orou, orou e orou, assim como a Mãe Natureza a ensinou. Pediu para que tirassem a terra de cima da Rosa e milagrosamente ela abriu os olhos! A Erva Daninha, não estava acreditando no que estava vendo: “Abelha, do lado de quem você está?” e ela respondeu “Do lado do Bem, assim como nossa Mãe Natureza nos ensinou!”.
Naturalina ensinou por fim que devemos ter fé, mesmo quando tudo parece perdido “devemos acreditar para tudo melhorar!”.
HISTORINHA COMPLETA
Certo dia, num lindo jardim a Erva Daninha apareceu e ficou escondida, com um binóculo observando tudo. Ao seu lado sua fiel companheira, a Abelha.
As flores Margarida, Rosa, Girassol estavam alegres, com muita energia naquela manhã de primavera.
Uma flor pequenina, recém-nascida, ainda em botão olhava atentamente, sabendo que logo, logo estaria junto deles a girar pelo jardim.
A Margarida convida: - Vamos brincar de roda?
A Rosa e o Girassol respondem: - Vamos!
E logo começaram a brincar de roda, cantando e dançando, com suas folhas bem juntinhas, como que dando as mãos...
As flores param a brincadeira quando notam que a amiga Naturalina chegou no jardim. Todas juntas cumprimentaram: – Oi, Naturalina!
– Tudo bem, queridas flores? A amiga perguntou.
Depois que as Flores responderam que tudo estava ótimo, a Naturalina explicou o motivo de sua presença: – Vim despedir-me de vocês porque irei à Floresta Amazônica. Recebi um chamado urgente! Mais uma centena de árvores está sendo arrancada, ou melhor, serrada...
- Nossa! Que dor! As flores exclamaram penalizadas.
A Rosa, falou e logo mostrou a flor-bebê: – Ah! Mas você ficou tão pouco tempo conosco. Veja que linda flor brotou agora.
A Naturalina beijou a florzinha e respondeu: – Eu sei que brotou agora, mas tem todas vocês para cuidar dela. Preciso ir socorrer as nossas plantas-irmãs. Lembrem-se: nós temos um compromisso com a defesa da vida de todos, especialmente dos mais desprotegidos. Essas árvores na Amazônia estão correndo muito perigo.
O Girassol perguntou: – Mas.... você não tem medo desse perigo todo?
Naturalina respondeu: – Eu amo os seres vivos e a fé que tenho na nossa Mãe Natureza me fortalece. Agora preciso ir. Tchau.
As Flores, tristes, mas confiantes se despediram de Naturalina e continuaram a brincar.
A Erva Daninha que a tudo viu e ouviu falou com a Abelha: – Hoje é o meu dia de sorte. Com a Naturalina longe daqui será fácil dominar essas fracotes, não é Abelhuda?
A Abelha, que não era tão ruim, aconselhou: - Eu acho que você não precisa ser tão ruim!
– Qualé abelhuda. Cadê aquele ferrão todo? Vamos, vamos acabar com essas bobinhas. Enquanto falou foi se arrastando até as flores: - Uuuuuuuuuuuuu! As Flores ficaram com medo e gritaram por socorro. A Erva brava, falou: - Não adiantam espernear, gritar, porque eu vou te sufocar. Cada semana acabarei com uma de vocês, bem devagar.
Foi uma enorme choradeira das pobres flores e quanto mais desespero, mais a Erva se alastrava: - Quanto mais medo vocês tem, mais poderosa eu me sinto. Ah! Vou começar por você.
Ela pegou a Rosa, que gritou muito de medo. A Erva Daninha a leva para um canto do jardim e começa a envolvê-la com seus ramos sufocantes.
A Rosa, chorando muito, gritava: - Socorro!
A danada da Erva não se comovia: - Veja Abelhuda, veja como ela se “estribucha” toda. Vou apertar ainda mais essa flor feiosa. Agora vou retirar todo alimento dela. Sugarei toda sua seiva.
Depois de terminar o serviço falou: - Nossa essa refeição me deu sono.
A danada da Erva Daninha foi para um canto e começou cochilar e até roncar. A Abelha não gostou muito de presenciar a maldade e ficou voando de um canto ao outro do jardim, sem saber o que fazer.
A Margarida correu ficar com a florzinha e o Girassol falou: – Nossa irmãzinha nas mãos dessa Erva Daninha. Eu queria ajudar, veja como ela está doente, mas estou com muito medo.
– Eu também! Precisamos avisar a Naturalina. Mas como? Disse o Girassol.
A Abelhuda que a tudo ouvia, foi até as flores e respondeu baixinho: - Psiu, eu posso ajudar! Eu irei voando até a Amazônia e avisarei a Naturalina.
- Você irá nos ajudar? Admirada, questionou Margarida.
A Abelha respondeu: - Sim, não aguento mais ver a Erva Daninha fazendo mal para as flores! Preciso fazer alguma coisa. Vou enfrentar esse perigo.
O Girassol, mais confiante, disse: – Vá, vá correndo, quero dizer, voando!
A Abelhuda partiu rapidamente, fazendo milhares de zumzum.
Depois de muito voar, a Abelha chega à Amazônia e fala ofegante: – Naturalina, Naturalina, a Rosa, que você ama tanto, está doente. Seus irmãos pediram para eu avisá-la.
Naturalina, calmamente, falou: – Preciso ficar aqui mais 2 dias, e depois eu irei.
No Jardim, a situação piorou. A Margarida, o Girassol e a florzinha, chorando muito, enterraram a Rosa e depois ficaram ajoelhados perto do corpo.
A Naturalina chegou e a Erva Daninha continuava dormindo.
Quando a Margarida percebeu a presença da Naturalina ela foi ao seu encontro e chorando muito falou: - Naturalina, faz quatro dias que enterramos a Rosa.
E o Girassol juntou-se a elas e completou: - Se você tivesse ficado aqui, minha irmã não teria morrido nas mãos dessa Erva Daninha.
Ele chorou muito, mas depois se recompôs e falou: - Mas eu sei que... Se você pedir para a Mãe Natureza pela vida da Rosa, a nossa Mãe te atenderá.
– Fique tranquilo Girassol, a Rosa voltará a viver. Você acredita no Poder da Mãe Natureza e no poder que ela me deu? Perguntou Naturalina.
O Girassol respondeu com convicção: - Sim, Naturalina, eu acredito que você é a filha da Mãe Natureza, que nasceu para nos salvar das garras da Erva Daninha.
Naturalina quis saber: – Onde vocês enterraram a Rosa?
O Girassol, então, acompanhou Naturalina até o local onde eles tinham enterrado a irmã.
A Margarida ficou um pouco distante e vendo que a Naturalina também chorou, pensou: - Nossa, a Naturalina amava mesmo a Rosa! Mas ela, que já ajudou tanta planta nesse mundo, podia também ter chegado antes e evitado que a Erva Daninha matasse a Rosa.
Nem bem acabou de pensar e a Naturalina pediu: - Tira a terra de cima dela.
O Girassol, incrédulo, respondeu: - Mas já cheira mal. Ela está morta há quatro dias.
- Girassol, Girassol... eu não disse que se tiver fé, verás as maravilhas da Mãe Natureza? Respondeu Naturalina.
Naturalina levantou os olhos para o céu e agradeceu: - Mãe, obrigada por sempre me ouvir. Obrigada por estar sempre comigo.
Em seguida pediu para o Girassol retirar toda terra que cobria a flor morta. Num milagre divino, a Rosa abriu os olhos, todos os galhos que a sufocava secaram e ela se levantou.
E foi uma alegria só entre as flores que gritavam “Viva” e abraçavam a irmã.
A Erva Daninha acordou com o barulho, levantou a cabeça e disse: - O quê? Mais uma vez a Naturalina fez os seus milagres.
Ela foi até a flor ressuscitada e, após examiná-la bem, concluiu: - Se a Rosa escolheu a vida, pra mim só resta a despedida. Vamos Abelhuda.
A Abelha respondeu: - Não! Ficarei aqui com meus amigos. Chega de espalhar o medo e fazer maldades. De agora em diante, seguirei os ensinamentos de nossa Mãe Natureza!
- Argh! Então fique aí com seus novos amigos. E, muito brava, foi embora pra nunca mais voltar.
Todos, alegres e felizes, exclamavam: - Viva a Vida!
Naturalina disse: - Queridas plantas, lembrem-se sempre que o medo fortalece o inimigo. O medo de enfrentar obstáculos nasce da falta de fé. Numa comunidade de afeto e amor, ninguém tem medo do perigo ou de ajudar o irmão necessitado.
A Rosa concordou: - Você tem razão, Naturalina... nos faltou fé.
E a Margarida completou: - Mas prometemos que vamos ser diferentes.
Para concluir, a Naturalina pediu: - Então vamos rezar, lutar e acreditar!
E Todos reforçaram: - Acreditar pra tudo melhorar!
Comments