Fé e gratidão do João
- pelegrincecilia
- 27 de jul. de 2020
- 5 min de leitura
Atualizado: 14 de out. de 2020
Lc 17,11-19 e Dia das Crianças
Autora: Cecília Pellegrini
Hoje é um dia muito especial e dez crianças correram até a praça para ver o presente que tinham ganhado.
Marina disse: - João, a gente tava brincando lá no campinho, mas disseram que a fadinha tinha deixado uma surpresa aqui na praça.
João respondeu animado: - Pois é irmãzinha, pra nós contaram a mesma novidade.
Manu não se conteve de alegria ao ver a surpresa: - Valeu a pena ter vindo ver, olha só que brinquedo legal!
Os menores saíram correndo até a enorme centopeia colorida.
Titina observou: - Uauuuu, um túnel! E a nossa Fada Madrinha colocou bem do lado da sombra. Vamos brincar?
E os dez responderam: - Vamos!
E assim passaram horas brincando no túnel, até que o Pedro pediu: - Brincamos tanto hoje, que já estamos cansados. Vamos aproveitar e tirar uma soneca dentro desse brinquedo?
As crianças viram que o túnel também parecia uma cabaninha e como era grande, coube todos eles. Até roncaram de tanto cansaço.
Mas logo a Priscila acordou e despertou os amigos, para poderem continuar brincando.
João, que adora cantar, começou a cantalorar a música “Brincadeira de Criança”, do Grupo Molejo:
“Acorda criançada tá na hora da gente brincar Brincar de pique-esconde, pique-cola e de pique-tá,tá,tá,tá Essa brincadeira também tem pique-bandeira Amarelinha pra quem gosta de pular E aquela brincadeira de cantar
Brincadeira de criança Como é bom, como é bom Guardo ainda na lembrança Como é bom, como é bom Paz, amor e esperança Como é bom, como é bom Bom é ser feliz com GRATIDÃO”
E assim, a meninada começou a brincar de pega-pega, de roda, de pular amarelinha...
Priscila gritou animadíssima: - Que delícia ser criança!
E João continuou: - Um Viva a todas as crianças do mundo!
- Viva! Gritavam respondendo.
Marcos lembrou: - Ser criança é viver num mundo de magia, onde a fantasia está por toda parte!
Carlinha concordou: - Ah é mesmo! A nossa mente cria um mundo encantado!
E Marina completou: - Já que hoje é o nosso dia, vamos brincar mais?
- Vamos! Todos responderam extasiados.
Uma voz horrenda ameaçou: - Mas não vão mesmo! Quem manda aqui sou eu, a terrível Horlenda!
As crianças gritaram de medo e ficaram juntas num canto da praça: - Uma bruxa!
Titina, chorando muito, pediu: - Por favor dona Bruxa, não nos maltrate. Hoje ganhamos essa centopeia linda de presente da Fadinha porque é o Dia das Crianças!
Com uma gargalhada, Horlenda bradou: - Não estou vendo nada de lindo e é um dia perfeito para a minha magia!
- Magia?! Perguntaram, ainda tremendo de medo.
A maldosa deu uma risada esculachada e mostrou sua varinha mágica, que era um galho seco:- Sim, tenho uma feitiçaria especial pra vocês.
E só se ouvia gritaria e com medo as crianças se alvoroçaram.
Carminha começou a chorar, e nervosa falou: - Essa bruxa malvada vai acabar conosco!
Mas João pediu: - Calma amiguinha. Vamos ter fé que a Fada Madrinha virá nos salvar.
Muito brava, Horlenda gritou: - Você não sabe de nada, João bobão! Há meses estou transformando crianças e a Fada não está dando conta de toda a minha maldade! Kkkkkk Ela já está sem forças contra mim. Agora só faltam vocês. Deixe-me pensar em que irei transformá-los.
Ela pensou um pouquinho e berrou: - Já sei, vou transformá-los em algodão doce!
Manu respirou aliviada: - Ainda bem! Em algodão doce? Branquinho, docinho, fofinho? Ufa! Pensei que seria transformada em sapo, lesma, barata...
Depois, Horlenda contou sua real intenção: - Só que vai chover e cairá muita água sobre cada um de vocês e tudo virará... nadaaaa! kkkkkk.
Enquanto a bruxa malvada foi explicando, fez surgir um palito com algodão doce e do nada apareceu um regadorzinho cheio de água. O algodão doce em contato com a agua desapareceu em segundos.
As crianças gritaram de medo ao verem o que aconteceria com eles, e algumas delas choravam muito: - Oh, não!
João era o único que estava confiante: - Calma amiguinhos, calma, tenham fé! Confiem na Fada Madrinha!
Nervosas, elas imploraram: - Por favor Fadinha, venha nos salvar!
A Bruxa ria em ver o pavor deles: - Eu já disse que ela não está dando conta de salvar todo mundo kkkk. Não adianta chamar porque ela não virá kkkkkk.
Com muita convicção João revelou: - Ela nunca nos abandonará.
Horlenda gritou: - Chega seu moleque!
E apontando o seu galho seco em direção às crianças, começou a declamar ao mesmo tempo que fazia gestos engraçados e estranhos: - Forças das maldades supremas ofereço essa dança para haver mudança nessas crianças.
Ao ver a bruxa dançando de forma desengonçada, as crianças começaram a rir e ela ordenou: - Ca-la-dos!
Depois, a bruxa se concentrou novamente e continuou: - A minha mão eu vou girar e na centopeia todos irão entrar.
As crianças, em fila indiana, hipnotizadas, tipo zumbis, entraram no brinquedo.
E Horlenda continuou: - Agora eu vou rebolar, rebolar, rebolar e em algodão doce elas irão se transformar.
A centopeia deu uma sacudida, um raio caiu sobre ela e as crianças saíram ainda hipnotizadas, transformadas em algodão doce.
Rindo muito, a Bruxa concluiu: - Kkkkkkkkk Agora basta a chuva cair pra cada um desmilinguir kkkkkkk. Tchauzinho, seus bobinhos... Ah! Que peninha... vai cair chuvinha kkkkkkkk
E partiu deixando os pobres algodões doce ali, desesperados, meio robotizados.
Eles clamaram por ajuda: - Fadinha! Fadinha! Nos ajude!
Imediatamente a fadinha apareceu: - Meus queridos!
As crianças imploraram: - Fadinha, tenha piedade de nós!
Marina pediu: - Nos livre desse algodão!
A Fada madrinha respondeu: - Mas é claro!
E apontando a sua varinha mágica, que tinha um lindo coração na ponta, falou: - Pela minha força de amar, voltem pelo mesmo lugar para serem crianças e poderem brincar .
A meninada entrou na centopeia, hipnotizadas, tristes e saíram pulando, muito alegres.
Elas apertavam partes do próprio corpo para confirmar que estavam novamente com seus corpos humanos e gritaram radiantes: - Ebaaaa! Somos crianças de novo!
Titina convidou: - Vamos lá no campinho brincar?
Todos, exceto o João, responderam: - Vamos!
E saíram correndo em direção ao campinho.
Ao contrário dos amigos, João foi até a Fadinha e se ajoelhou agradecendo: - Obrigado, Fada Madrinha! Muito obrigado!
Ela o ajudou a se levantar e procurando os demais disse: - Mas o meu amor fez 10 crianças voltarem ao normal. Cadê os outros 9? Nenhuma outra criança lembrou-se de agradecer, somente você?
Meu querido João, a gratidão é uma atitude que brota do coração de quem se sente amado por mim.
Muito emocionado, João respondeu: - Sim! Eu creio no seu amor infinito por todos nós!
A Fada Madrinha continuou: - Essa é a fé e a gratidão do João! Eu desejo que todas as crianças do mundo também agradeçam as pessoas que tornam a vida delas mais feliz.
João concordou: - A senhora tem razão! Temos que reconhecer e agradecer aos nossos pais, aos professores, ao padre, ao médico, à catequista, aos colegas de estudo, de esporte e tantos outros.
E a Fadinha concluiu: - Nesse dia especial vamos dar graças pela infância!
E juntos gritaram: - Viva as crianças! Viva!
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