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O Amor não conhece férias

Atualizado: 7 de fev. de 2022

Mc 6,30-34 

Autora: Cecilia Pellegrini 


HISTORINHA RESUMIDA


Certa vez, a Formiguinha Guiga estava na clareira da floresta, longe do seu formigueiro, quando o Mestre Cordeiro chegou, muito cansado e a cumprimentou pelo nome. Espantada, Guiga fez reverência ao mestre, mas questionou: “Como sabe meu nome? Só no formigueiro, temos 56 mil formigas!”. O Cordeiro riu “Eu sei o nome de cada ser vivo dessa floresta, querida formiguinha!”. O mestre também se mostrou preocupado, pois Guiga estava longe de sua casa. Ela informou que estava ajudando sua família, pois o alimento estava escasso e ela, na procura de achar algum tipo de comida, decidiu procurar mais longe do que de costume. Guiga também agradeceu, pois aquele ensinamento, ela tinha adquirido do Mestre Cordeiro. O mesmo deu uma cesta farta de frutas, para que ela e a família pudessem se saciar enquanto o inverno permanecia. E assim, ela foi embora, feliz, pois sua família não passaria fome.

O Cordeiro continuou andando pela floresta e no caminho encontrou a Elefanta e a Borboleta, suas seguidoras. Elas compartilharam que tinham levado as sábias palavras do Senhor Cordeiro aos 4 cantos, mas estavam muito cansadas, então o Mestre propôs algo: férias! Os 3 tirariam férias, para descansarem de toda jornada.

No meio do caminho onde descansariam, alguns animais foram se juntando ao mestre cordeiro, pois queriam escutar suas palavras e ensinamentos, mas as convidadas Elefanta e Borboleta estavam enfurecidas: “Poxa, mestre! Acabou o trabalho, agora vamos tirar férias!”. O mestre não precisou nem responder, pois a Guiga, que também estava ali com os outros animais, se encarregou de dizer: queridas amiguinhas, o amor não tira férias! O mestre é nosso pastor e devemos a ele tudo que sabemos sobre esperança, amor e união!”. Com os olhos cheios de lágrimas e arrependidas, Elefanta e Borboleta se juntaram ao mestre para ajudar aqueles bichinhos. Ajudar o outro não tem hora nem lugar!


HISTORINHA COMPLETA


Certa vez, a Formiga Guiga estava na clareira da floresta longe do seu formigueiro quando chegou, muito cansado, o Mestre Cordeiro e a cumprimentou: - Oi Guiga, tudo bem?

A Formiga fez um gesto de reverencia e demonstrando estranheza disse: - Oi Mestre Cordeiro, você sabe o meu nome?

Ele respondeu: - Claro, eu conheço cada ser vivo desta floresta e chamo todos pelo nome.

Guiga, muito espantada disse: - O quê? Mas só na colônia onde eu moro são 56.432 formigas! Depois falou meio enrolado para não expor a idade: - Eu estou com... anos e não consegui memorizar o nome de todas. O senhor, como o Bom Pastor que é, conhece cada uma?

O Mestre confirmou: - Claro! Mas vejo que você está longe do seu formigueiro... 

A Formiga revelou a causa: - Sim, Mestre, estamos passando por muitas necessidades e eu vim para essas bandas para tentar achar comida e levar ao formigueiro.

- Muito bem Guiga: ajudar, partilhar... Fazer o bem sempre! Orientou o Mestre.

Guiga então mostrou de onde veio o aprendizado: - Isso tudo aprendemos com o senhor, que só ensina o que é certo, para assim permanecermos sempre no caminho do Amor.

O Mestre pegou uma cesta com alimentos e deu para a formiga: - Aqui tem muitos alimentos. Dará para vocês se alimentarem até as coisas melhorarem. Trabalhem todas juntas, e tenham fé que tudo melhorará.

A Formiguinha ficou muito feliz e agradecida: - Obrigada Cordeirinho, sua ajuda material é importante, mas os seus ensinamentos são mais importantes ainda porque nos dão força necessária para a vida. Obrigada e descansa porque o senhor tá bem cansadinho! Tchau.

E foi-se embora levando alimentos para todos do formigueiro. 

De repente surge a Elefanta, muito cansada: - Mestre, Mestre, eu estive em toda região do lago e os seus ensinamentos foram transmitidos a todos os animais. Me senti uma verdadeira pastora, cuidando de suas ovelhinhas.

Logo em seguida chegou a Borboleta, igualmente cansada:  - Mestre, Mestre, eu estive em toda região das montanhas e transmiti tudo o que o senhor nos ensinou.

O Cordeirinho muito satisfeito disse: - Muito bem minhas queridas! Vejo que vocês também estão exaustas.

As duas concordaram: - Sim! Estamos exaustas!

O Mestre propôs um convite: - Então eu as levarei ao deserto, assim poderemos descansar. 

- Eba! Férias! Férias! Gritaram elas felizes!

A Elefanta contou: - Bem que estamos precisando! Viajamos muito visitando os animais, para levar-lhes a sua mensagem de amor e união. Como o senhor conseguia fazer tudo sozinho?

A Borboleta concordou: - É mesmo, Cordeiro. Mesmo com nossa ajuda o senhor ainda está muito sobrecarregado. Mas chega de falar né? Vamos agora mesmo sair de férias! Deserto, aí vamos nós!

E lá foram os três com destino ao deserto.

Guiga chegou na clareira da floresta trazendo o seu amigo macaco: - Venha, Marcocaco, o Mestre está aqui... 

Ao perceber que o Cordeiro não estava ela ficou triste: - Ah, ele não está mais aqui. 

Marcocaco começou a chorar, pois ele caminhou muito para ver o Mestre.

Guiga tentou consolá-lo: - Calma meu amigo. Não chora, senão eu choro também. 

Depois, vendo alguns bichinhos conversando, ela perguntou: - Ei, animaizinhos, vocês sabem onde o Mestre Cordeiro foi? O quê? Foram ao deserto? Você ouviu Marcocaco, podemos ir atrás deles.

Nisso, ela ouviu alguns pedidos: - Eu ouvi direito? Você, leão quer ir também? Você também dona cobra? Claro, meus amigos, vamos todos! Eu conheço um caminho mais curto e vamos chegar lá antes deles. 

E lá foram eles, quanto mais caminhavam, mais animais se juntavam a eles para ver o Mestre. Guiga conhecia um atalho e logo chegaram ao deserto: - Eu não disse que chegaríamos mais rápido?

Há alguns metros dali o Cordeiro falou com a Elefanta e a Borboleta: - Já estamos chegando para as merecidas férias...

Assim que chegaram a Formiga gritou: - Surpresa!

E saiu correndo até o Cordeiro: - Vejam, vejam todos os animais que encontrei pelo caminho estavam perdidos, precisando de um pastor para indicar o caminho certo a seguir. Eu falei de você Mestre e todos estão aqui para ouvi-lo.

A Elefanta puxou o Cordeiro de lado: - Ah não Mestre, nós viemos ao deserto para descansar... Só você e nós!

A Borboleta também foi até o Mestre e sugeriu: - Manda eles embora!

O Cordeiro respondeu: -  Eu jamais faria isso. Servir ao próximo deve ser prioridade.

E foi até os bichinhos para falar com eles.

Muito brava, a Elefanta fala para a Formiga: - Por que  você e esses animais tinham que vir até aqui atrás do Cordeirinho ?

A Borboleta desolada perguntava: - Por quê? Por quê?

Calmamente a Guiga respondeu: - Porque ele é o nosso Pastor, ele sofre junto conosco, ele demonstra amor e mesmo cansado nos ajuda e nos mantém unidos, no caminho do bem.

A Elefanta ficou muito envergonhada: - Você tem razão Guiga. Não basta apenas saber o que é certo, é preciso fazer o que é certo, ajudando sempre.

A Borboleta também refletiu e decidiu: - Sim, vamos ajudar o Mestre! 

E se juntaram ao Mestre para levar ajuda.

Você, amiguinho(a) que está lendo essa historinha quer também ajudar na missão de espalhar amor a todos? 

Tem que ser a qualquer dia, a qualquer hora, pois o Amor não conhece férias! Tchau!

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