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O Amor não conhece férias

Mc 6,30-34

Autora: Cecilia Pellegrini


Cenário: Dupla-face = Plantas de um lado e Deserto do outro. No lado esquerdo do palco haverá um suporte com vários bichinhos de pelúcia. Tudo coberto com um tecido fino verde.

Uma cesta com tecido xadrez por cima estará atrás do cenário.

Personagens: Mestre Cordeiro, Elefanta, Borboleta e Formiga Guiga.

[Em cena a Formiga Guiga].

CORDEIRO [entra demonstrando cansaço]: - Oi Guiga, tudo bem?

FORMIGA [faz um gesto de reverência]: - Oi Mestre Cordeiro, você sabe o meu nome?

CORDEIRO: - Claro, eu conheço cada ser vivo desta floresta e chamo todos pelo nome.

FORMIGA [espantada]: - O quê? Mas só na colônia onde eu moro são 56.432 formigas! Eu estou com [fala meio enrolado para não expor a idade] anos e não consegui memorizar o nome de todas. O senhor, como o Bom Pastor que é, conhece cada uma?

CORDEIRO: - Claro. Mas vejo que você está longe do seu formigueiro...

FORMIGA: - Sim Mestre, estamos passando por muitas necessidades e eu vim para essas bandas para tentar achar comida e levar ao formigueiro.

CORDEIRO: - Muito bem Guiga: ajudar, partilhar... Fazer o bem sempre!

FORMIGA: - Isso tudo aprendemos com o senhor, que só ensina o que é certo, para assim permanecermos sempre no caminho do Amor.

CORDEIRO [pega uma cesta com alimentos e dá para a formiga]: - Aqui tem muitos alimentos. Dará para vocês se alimentarem até as coisas melhorarem. Trabalhem todas juntas, e tenham fé que tudo melhorará.

FORMIGA [feliz]: - Obrigada Cordeirinho, sua ajuda material [levanta a cesta] é importante, mas os seus ensinamentos são mais importantes ainda porque nos dá força necessária para a vida. Obrigada e descansa porque o senhor tá bem cansadinho! Tchau [sai de cena pelo lado direito].

ELEFANTA [entra em cena cansada, pelo lado esquerdo]: - Mestre, Mestre, eu estive em toda região do lago e os seus ensinamentos foram transmitidos a todos os animais. Me senti uma verdadeira pastora, cuidando de suas ovelhinhas.

BORBOLETA [entra em cena cansada, pelo lado direito]: - Mestre, Mestre, eu estive em toda região das montanhas e transmiti tudo o que o senhor nos ensinou.

CORDEIRO: - Muito bem minhas queridas! Vejo que vocês também estão exaustas.

ELEFANTA e BORBOLETA: - Sim!

CORDEIRO: - Então eu as levarei ao deserto, assim poderemos descansar.

ELEFANTA e BORBOLETA [felizes]: - Eba! Férias! Férias!

ELEFANTA: - Bem que estamos precisando! Viajamos muito visitando os animais, para levar-lhes a sua mensagem de amor e união. Como o senhor conseguia fazer tudo sozinho?

BORBOLETA [alegre]: - É mesmo Cordeiro. Mesmo com nossa ajuda o senhor ainda está muito sobrecarregado. Mas chega de falar né? Vamos agora mesmo sair de férias! Deserto, aí vamos nós! [Saem de cena pelo lado esquerdo].

FORMIGA [entra em cena, pelo lado direito, conversando com um fantoche-luva macaco numa das mãos]: - Venha, Marcocaco, o Mestre está aqui... [Percebe que o cordeiro não está e fica triste]: - Ah, ele não está mais aqui.

[O fantoche chora (voz diferente da própria formiga)].

FORMIGA: - Calma meu amigo. Não chora, senão eu choro também. FORMIGA [chorosa conversa com as crianças da plateia]: - Ei animaizinhos, vocês sabem onde o Mestre Cordeiro foi? O quê? Foram ao deserto? Você ouviu Marcocaco, podemos ir atrás deles [finge ouvir o pedido vindo da plateia e aponta alguém sentado]: - Eu ouvi direito? Você, leão quer ir também? [Enquanto falou deixou no colo de alguma criança o macaco-fantoche]. Você também dona cobra? [Fala e vai apontando as pessoas da plateia e por último tira o pano de cima do suporte e com isso apareceu os bichinhos de pelúcia]: - Claro, meus amigos, vamos todos! Eu conheço um caminho mais curto e vamos chegar lá antes deles. [vira o cenário e fala]: - Eu não disse que chegaríamos mais rápido?

CORDEIRO [pelo lado esquerdo, entra em cena conversando com a Elefanta e a Borboleta]: - Já estamos chegando para as merecidas férias...

FORMIGA [quando eles aparecem em cena a Formiga grita]: - Surpresa! [sai correndo até o Cordeiro]: - Vejam, vejam todos os animais que encontrei pelo caminho, estavam perdidos, precisando de um pastor para indicar o caminho certo a seguir. Eu falei de você Mestre e todos estão aqui para ouvi-lo.

ELEFANTA [puxa o Cordeiro de lado]: - Ah não Mestre, nós viemos ao deserto para descansar... Só você e nós!

BORBOLETA [vai até os dois]: - Manda eles embora!

CORDEIRO: - Eu jamais faria isso. Servir ao próximo deve ser prioridade. [o Cordeiro vai até o suporte e acaricia os bichinhos de pelúcia].

ELEFANTA [brava fala para a formiga]: - Por que você e esses animais tinham que vir até aqui atrás do Cordeirinho ?

ELEFANTA e BORBOLETA [desoladas]: - Por quê? Por quê?

FORMIGA: - Porque ele é o nosso Pastor, ele sofre junto conosco, ele demonstra amor e mesmo cansado nos ajuda e nos mantém unidos, no caminho do bem.

ELEFANTA [envergonhada]: - Você tem razão Guiga. Não basta apenas saber o que é certo, é preciso fazer o que é certo, ajudando sempre.

BORBOLETA: - Sim, vamos ajudar o Mestre! [as duas vão até o suporte e pegam os bichinhos de pelúcia no colo e finge ajudá-los].

FORMIGA [fica no meio do palco e aponta para a plateia]: E você quer também ajudar na missão de espalhar amor a todos?

TODOS [que estão em cena vão para o meio do palco e respondem]: - Sim!

FORMIGA: - O Amor não conhece férias!

Todos: - Tchau!

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