O Jardim de Aladim

Lc 2,22-40 ou 22-32

Autora: Cecília Pellegrini

O Jardim do Aladim é um lugar muito especial, tudo transmite paz e harmonia. Certo dia estava o sapo se refrescando no rio quando chegou uma linda Borboleta: - Oi sapo, oi plantas, oi passarinhos. 

- Oi Borboleta! Todos a cumprimentaram...

Ela, então, disse feliz: -  Como o Jardim do Aladim é bonito, né? Gosto muito de viver aqui. Não falta nada porque um reparte com o outro o que tem de melhor. De repente, ela ouviu algo: - Vocês ouviram? 

O sapo respondeu: - Não!

A Borboleta insiste com os outros amigos do jardim: - Vocês não ouviram?

Lá longe ouviu-se um sininho badalar bem fraco: - Ouviram agora? Ouçam! 

O sininho badalou mais forte: - É o mestre Aladim! Ele é o jardineiro deste lindo Jardim! Disse a Borboleta alegremente.

Aladim chega e abraça a todos: - Querida Borboleta, você ainda por aqui?

A Borboleta responde meio sem jeito: - Sim Mestre Aladim! Sei que eu já deveria ter partido para outro jardim, levando seus ensinamentos.

- Isso mesmo! Você precisa ensinar todas as flores e plantas a se defenderem da erva daninha que não desiste em fazer o mal. Afirmou o Mestre.

A Borboleta falou de forma dramática, indo em direção ao sapo: - Essa erva daninha chega de mansinho, se mostrando amiga, é verdinha, pequenininha, chega a ser até bonitinha, uma aqui, outra ali, de mansinho outras e outras vão chegando e de repente... domina, sufoca a flor inteira. A Borboleta foi falando e prendendo o sapo, que ficou paralisado.

- Com essa erva daninha prendendo todos os movimentos da flor, ela acaba morrendo. Para deixar a cena mais realista o sapo fingiu morrer, caindo no chão...

A Borboleta, então, continua a encenação, chorando: - Sim, amiguinhos, essa erva malvada está matando as plantas. Logo em seguida, respira fundo se recompondo e diz bem animada: - Mas aqui no Jardim do Aladim isso teve fim!

E agora foi a vez de Aladim falar: - Felizmente as plantas entenderam como elas precisam viver para afastar esse mal.

O sapo levantou-se vigoroso e começou a saltar feliz. 

Aladim, então, volta o assunto: - Mas borboleta, você não me respondeu por que ainda não foi para outros jardins ensinar como as flores podem continuar vivas?

- Mestre, eu irei, claro que irei. É que eu estou esperando chegar aquela florzinha especial que o Senhor tanto fala. Respondeu a Borboleta.

Aladim disse: - Ah, então hoje mesmo você poderá partir para a sua missão!

A Borboleta não se conteve: - Ainda hoje?! Que emoção! Isso significa que a flor especial chegará!

Ela mal terminou sua fala e uma mãe flor chega com sua filha chamando: - Mestre Aladim, Mestre Aladim!

Era costume quando uma flor nascia ser apresentada ao dono do jardim, para que ele abençoasse o novo ser.

Aladim as acolhe com alegria: - Podem entrar.

A mãe então, toda garbosa diz: - Querido mestre venho lhe apresentar minha filha Flor de Jasmim. Coloquei esse nome em sua homenagem, afinal Jasmim rima com Aladim. Nós somos muito ricas e trouxemos muitos e muitos presentes ao senhor.

O sapo que a tudo ouvia saltitou até a Borboleta e perguntou: - Borboleta, é essa a flor especial?

A Borboleta respondeu: - Não, não é.

Aladim pega um pouco de água do rio e abençoa a flor: - Que o senhor de todos os jardins do mundo abençoe está nova integrante da nossa comunidade.

Todos alegres bateram palmas: - Que assim seja! 

As flores se despediram: - Obrigada Mestre! Tchau.

Aladim respondeu: - Vão em paz.

De repente ouve-se um sino a repicar... Era outra mãe flor trazendo sua filha recém-nascida.

A Borboleta vai ao encontro delas gritando: É ela, é ela! A flor que nasceu com a missão de ensinar as plantas a viverem sempre em paz!

A mãe flor disse: - Mestre, venho humildemente apresentar a minha filha flor “Amor Perfeito”.

Aladim, sabendo da Missão daquela florzinha, abençoou-a: - Que essa flor cresça em bondade e sabedoria e espalhe seu amor por todos os jardins desta vida.

Todos responderam esfuziantes e bateram palmas: - Que assim seja! A Borboleta disse: - Agora posso partir, pois conheci o Amor Perfeito.

Aladim, muito feliz, completou: - O amor que perdoa, que reparte, o amor que ajuda, que é paciente... 

Vendo a felicidade do mestre, a borboleta disse: - Esta flor foi apresentada ao nosso Mestre e alegrou o seu coração.

O sapo, então, faz um convite a todos nós: - Vamos viver com amor para alegrar nosso Senhor!