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O perdão regenera

Jo 8,1-11

Autoras: Cecília Pellegrini e Vera Pastrello


Cenário: uma aldeia indígena.

Personagens: Pajé Pojucã, índios: Runá, Canitu, Jaci, 4 figurantes: 2 crianças e 2 adultos e 1 indiazinha chamada Irani.

[Música indígena ao fundo. 3 crianças brincando e a índia Jaci está fazendo um pote de barro.]

[Entram os índios Runá e Canitu brigando. Um deles está com uma raiz de mandioca na mão.]

RUNÁ: - Você roubou a mandioca da minha terra.

CANITU: - Eu não sabia que a terra era sua. Estou com fome.

RUNÁ: - Fui eu que plantei por isso você roubou.

TODOS: - Ladrão.

RUNÁ: - Você tem preguiça de plantar, vive nadando lá no riacho da raposa amarela ao invés de trabalhar.

JACI: - É verdade, há semanas que o índio Canitu não traz caça para a aldeia.

TODOS: - Preguiçoso.

RUNÁ: - Vamos turma, vamos acabar com ele.

TODOS: - Vamos

[o Runá e o Canitu começam a brigar e os outros fazem gesto de socos no ar.]

IRANI [vai para o centro do palco e diz]: - Eu preciso ir chamar o pajé Pojucã porque ele saberá como resolver essa situação.

PAJÉ POJUCÃ [entra em cena]: - O que acontece aqui? Em terra de índio sempre se viveu em paz.

RUNÁ: - Olhe Pajé Pojucã eu peguei o índio Canitu [empurra o índio] roubando mandioca lá da minha terra.

PAJÉ POJUCÃ: - Índio Runá, eu nunca ouvi ninguém dizer meu pedaço de vento, meu pedaço de céu, meu pedaço da lua. Deus deu a terra pra todos, tudo que se planta, tudo se divide com todos da aldeia.

[A cena congela.]

IRANI [fala com a plateia]: - Pajé Pojucã está querendo dizer que ao invés de brigar por ter para si, o melhor é partilhar.

[Volta a ação.]

RUNÁ: - Pajé Pojucã está velho e pensa como os índios de antigamente. Canitu é preguiçoso e prefere roubar a plantar.

JACI: - Vamos expulsá-lo da aldeia.

TODOS: - Vamos.

PAJÉ POJUCÃ: - Primeiro Pajé quer saber se todos vocês nunca fizeram nada de errado aqui.

TODOS: - Claro que não.

PAJÉ POJUCÃ: - Então, quem é que está ajudando o homem branco a devastar a floresta?

TODOS: - Eu não [sai um índio de fininho deixando bem claro que tem culpa naquilo que o pajé disse.]

PAJÉ POJUCÃ: - Quem é que está deixando nossas tradições e nossos costumes de lado, nem falar a língua tupi-guarani quer mais?

TODOS: - Eu não [sai outro de fininho.]

PAJÉ POJUCÃ: - Quem que está só consumindo as coisas industrializadas e está acumulando lixo na natureza? [sai outro de fininho.] [Congela a cena.]

IRANI: - Pajé Pojucã quer mostrar que todos nós somos imperfeitos, por isso não devemos julgar ninguém.

PAJE POJUCÃ: - Ué, onde foi todo mundo?

CANITU: - Foram embora Pajé Pojucã.

PAJÉ POJUCÃ: - Pois então ninguém quis expulsar você da aldeia, não é? [voltando-se para as crianças da plateia]: - Nós não julgar nem condenar ninguém. Mas fazer que o amor seja mais forte. Agora é com vocês, Curumins dessa aldeia: - Vamos perdoar o índio Canitu? Vamos dar a ele chance de uma vida nova?

PAJÉ POJUCÃ: - Então índio Canitu ir em paz e não fazer mais coisa errada.

CANITU: - Obrigado pela nova chance, Pajé Pojucã. De hoje em diante eu vou trabalhar muito para melhorar nossa aldeia.

[Congela a cena e a Irani no centro do palco.]

IRANI: - Pajé Pojucã mostrou o que Jesus ensinou: A importância de saber perdoar.

PAJÉ POJUCÃ: - Então índio deve comemorar. Venham todos.

[Música indígena bem animada para a entrada de 3 crianças índias fazendo o barulho característicos dos índios, atrás virão os dois índios que saíram.

Os dois, mais o índio Canitu, se posicionam na frente e falarão, ritmados, o seguinte versinho.]

Índio hoje aprender

Uma grande lição

O importante não é julgar

Mas praticar o perdão.

TODOS: - Tchau, pessoal!

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