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Pai Aço -Dia dos Pais

Autoras: Andréa Ferraz, Cecília Pellegrini e Vera Pastrello

A família do Pedrinho mora e trabalha no Circo da Folia. O menino estava com sua linda e grande cartola, quando sua mãe SÔNIA chegou e perguntou: - Pedrinho, meu filho, você já ensaiou o seu número de mágica?

Ele respondeu: - Tô tentando, mamãe, mas não sei se vou conseguir. Abra cadabra!

Ele girou a varinha e caiu uma cenoura de dentro da cartola. Aborrecido ele falou: - Tá vendo só mãe, era pra sair um coelho!

Com muito carinho, dona Sônia o incentivou: - Ah, Pedrinho, não se preocupe, treine mais um pouquinho que sempre dá tudo certo. Seu pai me disse que você está cada vez melhor.

Surpreso e feliz, o menino quis confirmar o que acabara de ouvir: - Ele falou isso?

- Claro meu querido, ele tem o maior orgulho de você. Ele fica sempre emocionado quando vê suas apresentações.

- Poxa vida, mamãe, achei que ele nem prestasse atenção em mim.

A mãe revelou: - Você está enganado, pois ele presta muita atenção em você.

O diálogo foi interrompido pela Rebeca, a filha mais velha, que chegou super desanimada: - Oi, mamãe...

- Olá, minha filha. O que foi? Tá desanimada?

- Desanimada nada, eu tô é muito chateada! Sabe o que é mamãe, por que meu pai não tem uma profissão como os outros?

Pedrinho ficou indignado: - Você tá é se achando só porque agora é adolescente.

A mãe explicou:- Ora Rebeca, seu pai sempre foi um grande artista. Você sabe que é o que ele mais gosta de fazer. Ele adora tirar o sorriso de todo mundo, principalmente quando faz aqueles trabalhos voluntários no hospital alegrando toda aquela criançada. Ele consegue fazer o tempo passar mais rápido, ele faz muita gente se esquecer dos problemas, da dor...

A filha respondeu: - Eu sei, mamãe. Mas, é difícil para mim. Pai de ninguém se veste como ele, trabalha como ele. E o pior é quando me perguntam: - Qual é a profissão do seu pai? Eu tenho que dizer que o meu pai é um palhaço. Aí a turma toda cai na risada.

- E você queria o quê? Que a galera chorasse? Perguntou Pedrinho rindo.

Dona Sônia seguiu falando: - Você não vê que só de falar no que seu pai faz, ele já traz alegria às pessoas?

O irmão tentou ajudar explicando como se sente: - Você é boba mesmo, né Rebeca. Pois eu adoro ver o que o nosso pai faz. Quando eu crescer, quero ser como ele. Você não vê, Rebeca? Quando parece que as coisas não dão certo ou não vão funcionar, lá entra ele pra socorrer todo mundo e fazer todo mundo dar boas gargalhadas.

Rebeca concordou: - É, seu mágico de meia tigela, você tem razão. Me lembro daquela vez que o leão fugiu do picadeiro.

A mãe reforçou: - Se não fosse seu pai para distrair o público, aquilo iria virar uma confusão.

Pedrinho continuou relembrando: - Tá vendo só, sua orgulhosa. E quando minhas mágicas não dão certo, entra o papai fazendo palhaçadas, brincando, até dar tempo pra eu consertar tudo.

Rebeca zombou: - Então coitado, tem que se estrebuchar para consertar o que você faz né?

O menino ficou irritado: - Mãe, olha só a chata da Rebeca.

Dona Sônia interveio: - Parem com isso! Essa discussão não leva a nada!

A filha mais velha cedeu: - Tá bom, mãe, mas é só pra não estressar o papai. Aliás, não sei como ele consegue, até parece que nunca fica triste e nunca se cansa!

A mãe lembrou das crianças quando eram pequeninas: - Tem razão! Vocês se lembram quando começaram a andar de bicicleta?

Rebeca se recordou: - É mesmo, mamãe, faz tanto tempo... Ele segurava atrás pra gente não cair. Foi passando segurança até a gente andar sozinhos e sem as rodinhas.

O Pedrinho sentou numa bicicletinha e a mãe imitou o marido dela quando empurrava os filhotes.

O menino estava adorando aquela conversa: - Ah, eu gostava mesmo de quando ele me erguia e brincava de aviãozinho comigo, eu o achava o pai mais forte do mundo.

Dona Sônia pensou em outro fato: - ... Lembro-me. E quando vocês perguntavam como ele tinha tanta força ele respondia...

Os três falaram juntos: - Sou um pai forte, um pai aço, um palhaço!

A filha refletiu e depois concluiu: - Poxa, mamãe, eu é que sou boba mesmo. O papai sempre foi tão especial, tão legal e eu fico sentindo vergonha dele. Ele que sempre me apóia em tudo. Eu é que tô com vergonha de mim.

Como sempre, a mãe seguiu em frente: - Deixa isso pra lá. Bom, vamos ao trabalho, pois afinal de contas papai está para chegar e precisamos correr com o espetáculo.

Pedro lembrou que suas mágicas ainda não estavam boas: - Xiiii... é mesmo, preciso treinar mais.

E Rebeca pediu: - Hoje o espetáculo tem que ser especial. Posso participar?

A mãe ficou surpresa: - Mas você, Rebeca? Você nunca quis fazer parte da trupe circense!

- Mas agora eu quero, mamãe

A mãe pediu: - Então vamos nos aprontar.

Quando chegou a hora do espetáculo, dona Sônia entrou no picadeiro com um lindo fraque brilhoso e como apresentadora iniciou: - Respeitável público, o Circo da Folia tem o prazer de apresentar o nosso amado, respeitado e animado... Palhaço Alegria!

O palhaço entrou com um guarda-chuva na mão e foi em direção à sua esposa/apresentadora com os braços abertos, como se fosse abraçá-la. A apresentadora foi em sua direção, mas ele se virou e abraçou-se sozinho. Depois ele estendeu a mão para cumprimentá-la e quando chegou perto fez outro gesto com a mão, o que fez com que a plateia caísse na gargalhada. Depois ele cumprimentou os espectadores: - Bom dia, criançada, bom dia, moçada, bom dia, jovens com mais de 60.

A apresentadora perguntou: - Palhaço Alegria, como vai sua tia?

Ele respondeu fazendo gestos engraçados: - Vai bem, bem, berembembem.

Ela apontou para o guarda-chuva e perguntou: - Mas o que é isso na sua mão palhaço Alegria?

- Isso é um guarda-chuva especial! Respondeu animadamente.

Ela questionou: - Especial?

Ele perguntou para a plateia: - É, vocês querem ver?

Todos da plateia responderam que sim, então ele abriu o guarda-chuva onde tinha tiras de papel prata dependurados e vários confetinhos caíram em sua cabeça.

Sônia rindo exclamou: - É especial mesmo!

O Palhaço Alegria explicou: - Esse guarda-chuva já vem com chuva, por isso ele é um guarda-chuva!

A apresentadora pediu: - Palmas! Palmas para o Palhaço! E agora palhaço Alegria, depois desse guarda-chuva podemos chamar quem?

Ele anunciou a próxima atração: - Vamos chamar o Mágico!

O Pedrinho entrou no picadeiro vestido de mágico: - Bom dia, respeitável público, bom, antes de começar eu preciso chamar uma ajudante especial

O Palhaço falou surpreso com o filho e com a esposa: - Ajudante especial?

Pedrinho continuou: - Sim! Vou chamar a minha ajudante... palhaça Sorriso!

Sônia e seu marido se olharam curiosos, pois não conheciam esse funcionário do circo: - Palhaça Sorriso?

Rebeca entrou vestida de Palhaça: - Olá, eu sou a palhaça Sorriso!

O pai falou meio baixinho: - Mas é você, Rebeca?

A Palhacinha Sorriso respondeu: - Sim, palhaço Alegria, hoje é um dia especial, hoje é seu grande dia.

E o mágico-filho iniciou seu número: - E para comemorar, uma mágica vou começar. Vejam que está vazia...

Ele mostrou para os pais e para a plateia que a cartola estava vazia e disse: - Segure aqui papai, quer dizer, palhaço Alegria.

Depois que ele deu a cartola para o pai, foi falando e fazendo de conta que colocava alguma coisa dentro dela: - Para um pai cheio de vida.

Rebeca continuou: - Um pai companheiro e amigo...

Agora foi a vez dela fazer de conta que colocava alguma coisa dentro da cartola.

Pedrinho prosseguiu: - especial e divertido...

Rebeca completou: - Inteligente e carinhoso.

O mágico seguiu com o número: - Um pai que se pode contar em todas as horas... Uma coisa importante vai mudar e também multiplicar...

Pedrinho pegou a cartola da mão do pai e com uma música de suspense Rebeca pôs a mão dentro e puxou um cordão enorme cheio de corações.

Os filhos artistas exclamaram: - Papai, você é o melhor pai do mundo!

O palhaço fez gestos mostrando que seu coração estava batendo mais forte e desabafou: - Mas assim vocês me desmontam.

Pedrinho e Rebeca perguntaram: - Claro que não! Você é forte não se lembra?

E o pai-palhaço falou brincando e se divertindo: - Claro! Eu sou um pai forte, um pai aço, um palhaço!

E a família cumprimentou todos os pais que estavam na plateia:

- Feliz Dia dos Pais!

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