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Pazlândia

Atualizado: 15 de out. de 2020

Mt 16,13-19

autora: Cecília Pellegrini


Era uma vez um lugar chamado Pazlândia, onde residiam pessoas vindas de vários países. Logo na entrada da cidade havia uma enorme placa desejando boas vindas aos visitantes. 

Certo dia, ao amanhecer, a bandeira estava tremulando quando Japinina entra com uma sombrinha típica do seu país Japão e, nervosa, anda de um lado para outro, até que resolve conversar com alguns moradores: - “Ohayô! Bom dia, né. Guenki deská? Como vai, tudo bem? Como você se chama? Sabem, eu me chamo Japinina e vim morar aqui na Pazlândia, né. Um lugar onde todos os povos vivem unidos, né.

De repente, ela vê alguns músicos que costumavam ficar na rua fazendo performances artísticas: - Vejam, que maravilha: a cantora é norte-americana, Beatriz Tunner e o tecladista é iraquiano Ale Mohamed. Muita harmonia, um ajudando o outro, né.

Ela começou a se agitar e andava rápido de um lado para o outro dizendo: - Mas eu estou aflita né. Muito aflita.

Dois ilustres moradores da cidade chegaram felizes, mas a Japinina gritou nervosa: - Alemano, Brasilina! 

Brasilina, muito sorridente cumprimentou: - Bom dia amiga!

Alemano também fez as honras: - Guten morrgan, Japinina.

A japonesa retribuiu: -  Ohayô. Mas, vocês não sabem o que eu sei, né.

Muito curiosa Brasilina perguntou: - Nossa Japinina, o que você sabe que eu não sei?

E o amigo Alemano também questionou: - É, o que você sabe que eu não sei?

A Japinina esclareceu: - Pessoas de outros povos, né, chegaram aqui em Pazlândia, né, e ficaram falando do nosso mestre Pazlino, né. 

Sem acreditar Brasilina disse: - Mentira!

Imediatamente Japinina rebateu: - Rontôni, Rontôni.

E o Alemano quis traduzir: - Pessoal, a Japinina está dizendo wahr, wahr...

Depois de uma gostosa gargalhada ao ouvir o Alemano traduzir o japonês em alemão explicou: - Os dois estão dizendo verdade, verdade. 

Logo em seguida Alemano chegou a uma conclusão: - Ah, aposto que essas pessoas chegaram aqui e ficaram fofocando.

Japinina concordou: - Dizem tanta coisa, perguntam tanto, né...

Sem paciência Alemano quis saber: - Dizem o que Japinina, fale logo.

Brasilina também se mostrou ansiosa pelas notícias: - É desembucha logo. Eu estou curiosa.

A amiga Japinina contou: - Andam dizendo, né, que o nosso mestre Pazlino está pensando em ir embora, né.

Alemano ficou muito nervoso]: - Mas como ir embora? Como ficaremos sem ele?

E andando de uma lado para o outro a Japinina repetiu várias vezes: - Eu estou tão aflita.

Brasilina correu acalmá-la: - Calma amiga, ele é tão bom para nós, fundou a Pazlândia e nos ensinou tanta coisa.

- Por isso mesmo. Não devemos deixá-lo sequer pensar em nos abandonar. Alemano concluiu. 

Brasilina explicou com muito carinho: - Mas Ele tem uma missão a cumprir.

Mas Alemano retrucou: - Ora, ora, você é sempre tão otimista, tão alegre...

- Mas é claro. Precisamos ser confiantes. Há tanta guerra pelo mundo afora, precisamos compreender as necessidades do nosso mestre. Ele precisa implantar a paz em outros lugares. Explanou Brasilina com muita convicção.

E andando de um lado para o outro Japinina repetia sem parar: - Ficar sem o Pazlino, né...Eu estou tão aflita...

De repente o mestre Pazlino chegou e cumprimentou a todos: - Paz !

Japinina estava tão nervosa que não percebeu que o mestre tinha chegado.

Alemano e Japinina responderam a saudação: -  Paz!

E a japonesa só continuava: - Eu estou tão aflita, né. Eu estou tão aflita.

Pazlino foi até Japinina e disse: - Paz!

Japinina continuou falando mais aflita ainda: - Ah! Eu estou tão aflita, né...

O mestre colocou a mão nos ombros dela e disse: - A Paz, minha irmã.

Japinina ficou comovida e respondeu: - Paz, mestre. Mas, eu estou tão aflita...

Alemano confirmou: - Depois de tudo o que você nos contou... Realmente, é para ficarmos preocupados. 

Como sempre Brasilina quis acalmar a amiga: - Calma Japinina, o nosso mestre Pazlino está aqui e poderá explicar tudo.

Sem entender, Pazlino perguntou: - Nossa, mas por que tanta aflição?

Brasilina foi a primeira a explicar: - Porque andam falando sobre o senhor, mestre.

- O que andam dizendo sobre mim? Perguntou Pazlino, intrigado.

- Uns dizem que você é o João Paulo II, outros que você é Mahatma Gandhi, outros que você é Madre Teresa de Calcutá. Explicou Brasilina em detalhes.

Pazlino devolveu a pergunta: - E você, quem achas que eu sou?

Com muita convicção Brasilina respondeu: - Você é o Pazlino, aquele que leva dentro de si a paz universal, espalhando amor e união aos povos.

Muito satisfeito Pazlino falou: - Muito bem Brasilina. Você aprendeu bem os meus ensinamentos. Eu te darei as chaves da Pazlândia. Aqui está.

Ele entregou uma enorme chave dourada a ela.

Emocionada Brasilina falou: - Nossa Mestre, eu não mereço, mas agradeço.

O Mestre continuou: - Eu reconheço e aprecio muito a sua conduta: você transmite os meus ensinamentos por vocação, ajudando a levar paz às pessoas.

Muito alegre Alemano parabenizou a amiga: - Parabéns Brasilina. O mestre acertou em reconhecer e valorizar o seu desempenho. Você realmente transmite a mensagem de Paz para todas as pessoas.

Japinina também foi abraçá-la: - Amiga, você tem grandes virtudes, né, e foi recompensada por isso, né. Mas, mestre isso significa que você vai embora, né?

Pazlino explicou: - Esse mundo é muito grande e muitas Pazlândias ainda são necessárias. A Brasilina está com a autoridade de conduzir esta comunidade, autoridade de ensinar, de excluir ou introduzir os homens nela. Chegou a minha hora. Adeus. Paz!

Todos se despediram: - Paz, Mestre! E Pazlino partiu enquanto Alemano dizia: - Aufíderzen e Japinina, andando de um lado para o outro, chorava e gritava adeus em japonês: - Sayonará, Sayonará.

Alemano foi consolar a amiga: - Japinina, agora não adianta ficar chorando. Precisamos ajudar a Brasilina na sua missão.

A japonesa se recompôs e agradeceu: - Você tem razão, né. Arigatou Alemano.

Brasilina ergueu a chave e disse: - Isso mesmo, Alemano. Eu preciso da ajuda de todos.

E depois, falou com toda a população: - Eu preciso muito de vocês. A Pazlândia precisa continuar hoje e sempre. Sejamos todos seguidores de Pazlino, continuando a missão de transmitir a sua mensagem para todas as pessoas. Paz!

E todos os moradores, muito determinados e felizes, gritavam: - Paz!

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