Pazlândia
- pelegrincecilia
- 17 de out. de 2020
- 4 min de leitura
Mt 16,13-19
autora: Cecília Pellegrini
Cenário: Tule branco em todo espaço. Uma bandeira azul escrito PAZ e uma placa: Bem-vindo a PAZLÂNDIA.
Personagens: com roupas características de países: Japinina (Japão), Alemano (Alemanha), Brasilina (Brasil) e Pazlino (roupa toda branca).
Música suave para uma criança entrar dançando ballet, deixar a placa ¨Bem-vindo à Pazlândia¨ e sair de cena dançando.
[Japinina entra em cena com uma sombrinha típica e anda de um lado para outro do palco].
JAPININA [fala com a plateia]: “Ohayô! Bom dia, né. Guenki desuká? Como vai, tudo bem? Como você se chama? [pergunta para uma criança] Sabe, [diz o nome da criança] me chamo Japinina e moro aqui na Pazrândia, né! Um rugar onde todos os povos vivem unidos, né! Veja, que maraviria [mostra os músicos que estão num lado do palco, cada componente estará com algo característico de um país diferente]: - A cantora é norte-americana, Beatriz Tunner e o tecladista é iraquiano, Ale Mohamed. Muita harmonia, um ajudando o outro, né! [De repente, ela começa a se agitar e anda rápido de um lado para o outro do palco]: - Mas eu estou afrita, né! Muito afrita.
[Alemano e Brasilina entram em cena felizes]
JAPININA [nervosa]: - Alemano, Brasilina !
BRASILINA: - Bom dia amiga!
ALEMANO: - Guten morrgan, Japinina.
JAPININA: - Ohayô. Mas, vocês não sabem o que eu sei, né!
BRASILINA: - Nossa Japinina, o que você sabe que eu não sei?
ALEMANO: - É, o que você sabe que eu não sei?
JAPININA: - Pessoas de outros povos né, chegaram aqui em Pazrândia né e ficaram farando do nosso mestre Pazrino né.
BRASILINA: - Mentira!
JAPININA: - Rontôni, Rontôni.
ALEMANO: - Tradução, a Japinina está dizendo wahr, wahr...
BRASILINA: - Os dois estão dizendo verdade, verdade.
ALEMANO: - Ah, aposto que essas pessoas chegaram aqui e ficaram fofocando.
JAPININA: - Dizem tanta coisa, perguntam , né...
ALEMANO: - Dizem o quê, Japinina? Fale logo.
BRASILINA: - É... desembucha logo. Eu estou curiosa.
JAPININA: - Andam dizendo né, que o nosso mestre Pazrino está pensando em ir embora, né!
ALEMANO [nervoso]: - Mas como ir embora? Como ficaremos sem ele?
JAPININA: - Eu estou tão afrita [repete várias vezes].
BRASILINA: - Calma amiga, ele é tão bom para nós, fundou a Pazlândia e nos ensinou tanta coisa.
ALEMANO: - Por isso mesmo. Não devemos deixá-lo se quer pensar em nos abandonar.
BRASILINA: - Mas Ele tem uma missão a cumprir.
ALEMANO: - Ora, ora, você é sempre tão otimista, tão alegre...
BRASILINA: - Mas é claro! Precisamos ser confiantes. Há tanta guerra pelo mundo afora, precisamos compreender as necessidades do nosso Mestre. Ele precisa implantar a paz em outros lugares.
JAPININA: - Ficar sem o Pazrino, né...Eu estou tão afrita [repete várias vezes].
PAZLINO [entra em cena e os cumprimenta]: - Paz!
[Japinina está tão nervosa que não percebe que o Mestre chegou]
ALEMANO e BRASILINA [respondem]: - Paz!
JAPININA [continua]: - Eu estou tão afrita né. Eu estou tão afrita.
PAZLINO [vai até Japinina e diz]: - Paz!
JAPININA [continua falando mais aflita ainda]: - Ah! Eu estou tão afrita né...
PAZLINO [coloca a mão nos ombros dela e diz]: - A Paz, minha irmã.
JAPININA: - Paz, Mestre. Mas, eu estou tão afrita...
ALEMANO: - Depois de tudo o que você nos contou... realmente é para ficarmos preocupados.
BRASILINA: - Calma Japinina, o nosso Mestre Pazlino está aqui e poderá se explicar.
PAZLINO: - Nossa, por que tanta aflição?
BRASILINA: - Porque andam falando sobre o Senhor, Mestre.
PAZLINO: - O que andam dizendo sobre mim?
BRASILINA: - Uns dizem que Você é o João Paulo II, outros que Você é Mahatma Gandhi, outros que Você é Madre Teresa de Calcutá.
PAZLINO: - E você, quem achas que eu sou?
BRASILINA: - Você é o Pazlino, aquele que leva dentro de si a paz universal, espalhando amor e união aos povos.
PAZLINO: - Muito bem, Brasilina. Você aprendeu bem os meus ensinamentos. Eu te darei as chaves da Pazlândia. Aqui está [entrega uma chave dourada].
BRASILINA: - Nossa Mestre, eu não mereço, mas agradeço.
PAZLINO: - Eu reconheço e aprecio muito a sua conduta: você transmite os meus ensinamentos por vocação, ajudando a levar paz às pessoas.
ALEMANO: - Parabéns, Brasilina. O mestre acertou em reconhecer e valorizar o seu empenho. Você realmente transmite a mensagem de Paz para todas as pessoas.
JAPININA: - Amiga, você tem grandes virtudes, né e foi recompensada por isso né. Mas, mestre isso significa que você vai embora né?
PAZLINO: - Esse mundo é muito grande e muitas Pazlândias ainda são necessárias. A Brasilina está com a autoridade de conduzir esta comunidade, autoridade de ensinar, de excluir ou introduzir os homens nela. Chegou a minha hora. Adeus. Paz!
[Todos se despedem]: - Paz, Mestre! [Pazlino sai de cena].
ALEMANO: - Aufíderzen
JAPININA [anda de um lado para o outro chorando e falando adeus em japonês]: - Sayonará, Sayonará.
ALEMANO: - Japinina, agora não adianta ficar chorando. Precisamos ajudar a Brasilina na sua missão.
JAPININA [se recompõe]: - Você tem razão, né. Arigatou, Alemano.
BRASILINA [erguendo a chave]: - Isso mesmo, Alemano. Eu preciso da ajuda de todos. Irmãos, [falando com todos da plateia] preciso muito de vocês. A Pazlândia precisa continuar hoje e sempre. Sejamos todos seguidores de Pazlino, continuando a missão de transmitir a Sua mensagem para todas as pessoas. Paz!
TODOS: - Paz!
[MÚSICA]
A criança entra dançando ballet, pega a bandeira e todos os personagens sairão atrás dela levando a bandeira da paz.
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