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Rosalândia: comunidade de amor!

Atualizado: 14 de out. de 2020

Jo 3,16-18

Autora: Cecília Pellegrini


Era uma vez um lindo jardim, dividido em dois lados: Rosalândia e Espinholândia.  Uma linda Borboleta chegou nessa historinha e ela mesma vai lhe apresentar: - Um só jardim, feito pra você e pra mim. De um lado Rosalândia que acredita no Jardineiro. Do outro Espinholândia, um verdadeiro espinheiro. Pra cá [a borboleta voou até a Rosalândia] vivem no amor. Pra lá [ela voou até Espinholândia] só há desamor. Aqui [voou até Rosalândia] estão em favor da vida. Ali [voou até a Espinholândia] só há briga. Você que é esperto(a) e sabe escolher. Decida o mundo que quer para viver.

Dona Espinhuda ficou muito brava com toda explicação da Borboleta e a espantou: - Xô, xô borboleta feiosa.

A linda borboleta saiu voando apressada e a Espinhuda brigou até com quem estava lendo essa historinha: - Tá olhando o quê, seu xexelento? Num mexe comigo não, heim...

Depois ficou lixando seus espinhos, mas sempre atenta a tudo o que se passava no reino vizinho.

Uma linda música começou a tocar e as flores Rosineide, Rosalina e Rosenilda, dançavam animadamente, com lindos vestidos em tons rosa.

Espinhuda observava tudo e ficou indignada quando viu que o passo final da dança era as três com os caules entrelaçados.

Rosicléia entrou e ficou encantada ao ver a união das suas amigas flores e disse: - Como é bom viver aqui na Rosalândia, a comunidade do amor! O jardineiro Jairo cuida muito bem de nós. E o melhor: vivemos em família!

Espinhuda espichou o ouvido o quanto deu para ouvir e pensou: - Que dancinha mais bobinha. E a Rosicléia então? Mais parece uma Bobacléia! Ela vem com essa fala de viver em família. Que família, que nada.

Rosineide, Rosalina e Rosenilda cumprimentaram a amiga: - Oi Rosicléia!

Rosicléia respondeu: - Oi Rosineide, oi Rosalina, oi Rosenilda. Vocês estavam dançando tão lindo!

Rosalina explicou: - Estamos ensaiando para a festa da Primavera!

Rosenilda completou: - O problema é que não podemos criar passos complicados porque nós ficamos com muita sede.

Compadecida, Rosicléia respondeu: - É, eu sei. Com esse aquecimento global, essa poluição toda, a água potável está diminuindo. Rosalândia está murchando.

As flores ficaram muito tristes...

A Espinhuda deu uma gargalhada e pensou: - O reino Rosalândia com tanta sede e os cactos da Espinholândia com tanta água! 

Sem imaginar que o vizinho fosse egoísta, Rosineide falou: - Rosicléia, eu tenho uma ideia, vamos até o reino Espinholândia pedir um pouco de água?

A Amiga respondeu feliz: - Boa ideia, Rosineide! Eles são nossos vizinhos há tanto tempo e os reservatórios deles estão cheios. Vamos lá.

Rosalina pegou um regador vazio e lá se foram. Ao chegar em Espinholândia cumprimentaram: - Oi Espinhuda, tudo bem?

Com cara de poucos amigos Espinhuda respondeu: - Tudo mal, principalmente agora que vocês invadiram o meu pedaço. Desembucha logo e depois se manda.

Rosineide foi a primeira a falar: - Nós viemos pedir um pouco de água.

Mas Espinhuda, rindo, perguntou: - Vocês não têm água?

As flores, com muita tristeza, responderam: - Não!

- Problema de vocês. Os nossos reservatórios estão repletos. É água em todo o nosso corpo. Falou o Cacto enquanto bebia muita agua na frente das flores.

Rosicléia falou em particular: - Espinhuda, eu estou muito preocupada. Veja só a carinha dos moradores de Rosalândia, por isso estou pedindo a sua ajuda.

Espinhuda esbravejou: - Você não tem vergonha de precisar dos outros não? 

E a flor explicou: - Não devemos ter vergonha de precisar dos outros. Temos que pensar nas pessoas que vivem conosco, em suas necessidades e ajudá-las.

Nesse momento chegou outro morador da Espinholândia trazendo um regador cheio de água: - Oi Espinhuda!

E esta respondeu alegre: - Diz aí, Espinhento!

O Espinhento contou: - Fui de cacto em cacto e enchi mais um regador de água.

As flores, crentes que iriam partilhar com elas, exclamaram: - Oba!

A Espinhuda correu pegar o regador: - Epa, tira esse caule daí. Não adianta que não darei uma gota sequer.  Nossos regadores estão lotados sim, vejam! Ela deixou a água do regador cair no reservatório lotado e todos da Rosalândia salivaram de vontade.

- Mas é tudo nosso, entenderam bem? Tudo nosso!! Se mandem daqui! Gritaram os cactos, empurrando as flores.

Rosicléia falou: - Vamos amigas, o Jardineiro Jairo virá nos ajudar.

As flores ficaram esperançosas:  - É, acreditamos no Jardineiro!

Rosenilda lembrou: - Ele nos ama e sempre cuida de nós.

O Espinhento esbravejou: - Que jardineiro, que nada!

A Espinhuda revelou: - Nós, da Espinholândia não precisamos dele e nem de ninguém.

- Aguentamos qualquer parada. Esnobou o cacto.

Depois foi a vez da Rosineide explicar: - O Jardineiro tem o poder de nos manter vivas.

E Rosalina completou: - Ele nos une, ajuda-nos a ter esperança e coragem.

Irritada Espinhuda gritou: - Para de falar nesse jardineiro, já cansou. Eu não gosto dele. 

Espinhento completou: - Eu não gosto dele e não acredito nele. Somos fortes, resistentes. Eu sou mais eu, entendeu?

Rosicléia, indignada, pediu: - Nossa Espinhuda, Espinhento, não falem assim.

Rosineide alertou: - É, não fale assim, foi a Mãe Natureza quem criou todos nós, inclusive vocês. Vocês não devem permanecer fechados em si, com seus próprios interesses e egoísmo.

- Pois aqui gostamos é de explorar! Exclamou, Espinhento.

E espetando as flores, Espinhuda completou: - Explorar, espetar e machucar. Vai uma espetadinha aí?

Rosicléia falou: - A mãe natureza nos ama tanto que enviou o Jardineiro para preservar a nossa vida.

Mas Espinhuda se irritou ainda mais: - Lá vem você falando da Mãe Natureza e desse jardineiro novamente. Esse jardineiro que não venha para passar sermão. Detesto críticas!

Rosineide respondeu: - O Jardineiro não veio pra criticar ninguém, mas pra cuidar de todos nós.

- Ele ajuda a espalhar a paz e a alegria. Exclamou Rosalina!

E a Rosenilda completou: - O problema está que muitos não praticam o que o Jardineiro ensina e só pensam em ter tudo pra si enquanto outros nada tem.

Mas a Espinhuda concluiu: - Entenderam agora porque eu não quero nem pensar nessa Mãe Natureza e nesse jardineiro Jairo? Tudo é meu mesmo, não reparto nada com ninguém mesmo e vocês já estão indo embora mesmo... E com muita falta de educação os cactos empurraram as flores até Rosalândia: 

- Saiam, saiam!

A Borboleta está aqui novamente e quer falar com você, que está lendo essa historinha: - Você viu, assistiu e refletiu. Chegou a hora da votação. Bata palmas para o lado da sua decisão. É a Rosalândia? É a Espinholândia?

O quê? Você bateu mais palmas para a Rosalândia? 

As flores animadas gritaram de felicidade: - Ganhamos, viva!

Eita, eita, eita, a Espinhuda não gostou de saber que você é do bem: - Vamos Espinhento, vamos pegar toda a nossa água e ficar longe desses aí que acreditam em Mãe Natureza, em jardineiro. São todos uns bobocas do Amor, do bem. Eca!

ROSINEIDE : - Somos felizes porque acreditamos

ROSENILDA: - Vivemos unidas e sempre ajudamos

ROSICLÉIA: - Venha a nossa família se juntar

TODOS: - Para a comunidade do Amor aumentar! Tchau!

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