top of page

Rosalândia: comunidade de amor!

Jo 3,16-18

Autora: Cecília Pellegrini

Cenário: Duas placas, uma em cada lado do palco: uma escrita Rosalândia e outra Espinholândia.

Personagens: Borboleta, Rosineide, Rosalina, Rosenilda, Rosicléia, Espinhuda e Espinhento.

[Música para a entrada da borboleta].

BORBOLETA: - Um só jardim, feito pra você e pra mim. De um lado Rosalândia que acredita no Jardineiro. Do outro Espinholândia, um verdadeiro espinheiro. Pra cá [mostra a placa Rosalândia] vivem no amor. Pra lá [mostra a placa Espinholândia] só há desamor. Aqui [mostra Rosalândia] estão em favor da vida. Ali [mostra Espinholândia] só há briga. Você que é esperto e sabe escolher: decida o mundo que quer para viver.

ESPINHUDA [entra a Espinholândia (lado esquerdo) muito brava e espanta a borboleta]: - Xô, xô borboleta feiosa. [borboleta sai de cena voando]. [Espinhuda briga com as crianças da plateia]: - Tá olhando o quê, seu xexelento? Num mexe comigo não, heim... [depois fica lixando seus espinhos, mas assim que entram as personagens do reino vizinho, a Espinhuda fica atenta observando.].

[Música para a entrada de Rosineide, Rosalina e Rosenilda, da Rosalândia, que entrarão dançando, cada qual com vestidos em tons rosa. O passo final da dança será as 3 com os braços entrelaçados]...

ROSICLÉIA [entra em cena e após ver as 3 unidas diz]: - Como é bom viver aqui, na Rosalândia, a comunidade do amor! O jardineiro Jairo cuida muito bem de nós. E o melhor: vivemos em família!

ESPINHUDA [fala com a plateia]: - Que dancinha mais bobinha e a Rosicléia [mostra] então, mais parece uma Bobacléia! Ela vem com essa fala de viver em família. Que família, que nada.

ROSINEIDE, ROSALINA E ROSENILDA: - Oi, Rosicléia!

ROSICLÉIA: - Oi, Rosineide, oi, Rosalina, oi, Rosenilda. Vocês estavam dançando tão lindo!

ROSALINA: - Estamos ensaiando para a festa da Primavera!

ROSENILDA: - O problema é que não podemos criar passos complicados porque nós ficamos com muita sede.

ROSICLÉIA: - É, eu sei.Com este aquecimento global, esta poluição toda, a água potável está diminuindo. Rosalândia está murchando. [Todas abaixam as cabeças tristes].

ESPINHUDA [rindo, fala com a plateia]: - O reino Rosalândia com tanta sede e os cactos da Espinholândia com tanta água! [Pega um canudo gigante e fala para as crianças da plateia]: - Tá com sede, quer água? Quer? Pois eu não dou. [finge beber].

ROSINEIDE: - Rosicléia, eu tenho uma ideia, vamos até o reino Espinholândia pedir um pouco de água?

ROSICLÉIA: - Boa ideia Rosineide! Eles são nossos vizinhos há tanto tempo e os reservatórios deles estão cheios. Vamos lá.

]TODAS: - Vamos! [Rosalina pega um regador vazio e leva. Dão alguns passos até a outra placa].

TODAS: - Oi Espinhuda, tudo bem?

ESPINHUDA: - Tudo mal, principalmente agora que vocês invadiram o meu pedaço. Desembucha logo e depois se manda.

ROSINEIDE: - Nós viemos pedir um pouco de água.

ESPINHUDA [ri]: - Vocês não têm água?

TODAS [tristes]: - Não!

ESPINHUDA: - Problema de vocês [dá uma gargalhada]. Os nossos reservatórios estão repletos. É água em todo o nosso corpo [pega o canudo e bebe].

ROSICLÉIA [fala em particular com Espinhuda]: - Espinhuda, eu estou muito preocupada. Veja só a carinha dos moradores de Rosalândia, por isso estou pedindo a sua ajuda.

ESPINHUDA: - Você não tem vergonha de precisar dos outros não?

ROSICLÉIA: - Não devemos ter vergonha de precisar dos outros. Temos que pensar nas pessoas que vivem conosco, em suas necessidades e ajudá-las.

ESPINHENTO [entra em cena com um regador cheio de água]: - Espinhuda!

ESPINHUDA: - Diz aí Espinhento!

ESPINHENTO: - Fui de cacto em cacto e enchi mais um regador de água.

TODAS: - Oba!

ESPINHUDA: - Epa, tira esse caule daí. Não adianta que não darei uma gota sequer. Nossos regadores estão lotados sim, vejam! [num canto haverá um balde grande e Espinhuda deixa a água do regador cair no balde e todos da Rosalândia ficam com vontade]. Mas é tudo nosso, entenderam bem [empurra todas]. Tudo nosso [bebe água]. Se mandam daqui!

ROSICLÉIA: - Vamos amigas, o Jardineiro Jairo virá nos ajudar.

TODAS: - É, acreditamos no jardineiro!

ROSENILDA: - Ele nos ama e sempre cuida de nós.

ESPINHENTO: - Que jardineiro, que nada!

ESPINHUDA: - Nós, da Espinholândia não precisamos dele e nem de ninguém.

ESPINHENTO: - Aguentamos qualquer parada.

ROSINEIDE: - O jardineiro tem o poder de nos manter vivas.

ROSALINA: - Ele nos une, ajuda-nos a ter esperança e coragem.

ESPINHUDA: - Para de falar nesse jardineiro, já cansou.

ESPINHENTO: - Eu não gosto dele.

ESPINHUDA: - Eu não gosto dele e não acredito nele. Somos fortes, resistentes.

ESPINHUDA e ESPINHENTO: - “Eu sou mais eu” entendeu?

ROSICLÉIA: - Nossa Espinhuda, Espinhento, não falem assim.

ROSINEIDE: - É, não fale assim, foi a Mãe Natureza quem criou todos nós, inclusive vocês. Vocês não devem permanecer fechados em si, com seus próprios interesses e egoísmo.

ESPINHENTO: - Pois aqui gostamos é de explorar!

ESPINHUDA: - Explorar, espetar e machucar [fingem espetar todos]. Vai uma espetadinha aí?

ROSICLÉIA: - A mãe natureza nos ama tanto que enviou o jardineiro para preservar a nossa vida.

ESPINHUDA: - Lá vem você falando da Mãe Natureza e desse jardineiro novamente. Esse jardineiro que não venha para passar sermão. Detesto críticas!

ROSINEIDE: - O jardineiro não veio pra criticar ninguém, mas pra cuidar de todos nós.

ROSALINA: - Ele ajuda a espalhar a paz e a alegria.

ROSENILDA: - O problema está que muitos não praticam o que o Jardineiro ensina e só pensam em ter tudo pra si enquanto outros nada têm.

ESPINHUDA: - Entenderam agora por que eu não quero nem pensar nessa Mãe Natureza e nesse Jardineiro Jairo? Tudo é meu mesmo, não reparto nada com ninguém mesmo e vocês já estão indo embora, mesmo [empurra todos pro lado Rosalândia].

ESPINHUDA e ESPINHENTO: - Saiam, saiam!

BORBOLETA [entra em cena e fala para a plateia]: - Você viu, assistiu e refletiu. Chegou a hora da votação. Batam palmas para o lado da sua decisão. É a Rosalândia? É a Espinholândia? [Rosalândia vencerá a votação].

TODAS DA ROSALANDIA: - Ganhamos, viva!

ESPINHUDA: - Vamos Espinhento, vamos pegar toda a nossa água e ficar longe destes aí [mostra todos: plateia e as 4 da Rosalândia] que acreditam em Mãe Natureza, em Jardineiro. São todos uns bobocas do Amor, do bem. Eca! [Saem de cena bravos].

ROSINEIDE : - Somos felizes porque acreditamos

ROSENILDA: - Vivemos unidas e sempre ajudamos

ROSICLÉIA: - Venha a nossa família se juntar

TODOS: - Para a comunidade do Amor aumentar! Tchau!.

Posts Relacionados

Ver tudo
Pipoca e Paçoca - Dia das Crianças

Autoras: Cecília Pelegrini e Vera Pastrello As crianças estavam todas sentadas aguardando a chegada de um palhaço para diverti-las. Uma...

 
 
 
A alegria do encontro

Lc 1,26-38 Autoras: Cecília Pellegrini e Padre Magalhães Cenário: Uma cortina de circo Personagens: Mágico, Bailarina, Palhaça Paçoca,...

 
 
 

Comments


bottom of page