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Um convite à mudança

Atualizado: 30 de out. de 2020

Mc 2,1-12

Autora: Cecília Pellegrini


Cenário: Um painel de Natureza com uma abertura para ser manipulado um fantoche (Ditão) e um personagem Árvore, que ficará ao lado do painel.


Personagens: Ditão (fantoche), Árvore, Vaca Vanda, Borboleta e 2 bichinhos-figurantes (crianças fantasiadas) e uma manipuladora do fantoche, que estará atrás do painel.


DITÃO [fantoche]: - Bom dia amigos!

ÁRVORE [também cumprimenta a plateia]: - Bom dia amigos!

DITÃO: - Ôô dona árvore, eu estava aqui sossegadinho, olhando o movimento da floresta, vejo meus amigos filhotes e me animo a dar aquele bom dia e vem você e estraga tudo.

ÁRVORE: - Poxa, Ditão, eu estraguei tudo? Como assim?

DITÃO: - Os amigos são meus, o bom dia é meu!

ÁRVORE: - Mas, qual o problema se eu dei bom dia também? Quanto mais bom dia, mais alegria!

DITÃO: - Sei não...

ÁRVORE: - Pois eu sei sim! Eu sei que você está tão egoísta quanto a personagem da historinha de hoje.

DITÃO: - Ih é, é?

ÁRVORE: - É sim senhor. Veja só.

VACA [entra com alguns enfeites de carnaval, cantando (paródia da música “me dá um dinheiro aí”]: - “Ei olha eu aqui, não dou dinheiro aí (bis). Não vou dar, não vou dar não. Você vai ver a grande confusão. Eu vou juntar dinheiro até cair. Não dou, não dou, não dooou. Pare de pedir.”

Pronto, já estou linda, maravilhosa para o grande baile de carnaval. Vai ser animal! Ah! Vai ter um concurso de chapéu, em homenagem a Carmen Minhocanda... O prêmio será uma tonelada de alimentos. Vou me esbaldar. Vou entupir a minha casa de comida. Eu vou mostrar o chapéu que eu fiz [olha dos lados], mas não falem pra ninguém como é, ok? Senão vão copiar a minha idéia. [mostra]. Não é lindo? Eu sou linda, o chapéu é lindo e chega... porque eu já ganhei!

BORBOLETA e 2 BICHINHOS [entram cantando]: - “Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero ajudar. Quero doar, quero doar, quero doar e o mundo melhorar.”

VACA [brava]: - Parem de cantar essa musiquinha chata. Que marchinha mais sem graça.

BORBOLETA: - Em primeiro lugar, bom dia amiga Vanda! Poxa, nós criamos a letra dessa música para que todos os animais da floresta queiram partilhar o que tem.

VACA: - Mas estamos na época do carnaval, um carnaval animal: muita dança, folia, comida, bebida. Eu é que não quero estragar a minha festa pensando em bicho pobre.

BORBOLETA: - Pois o Rei Leão não quer isso não. Ele quer nos ver todos unidos: ricos ajudando os pobres, pessoas com saúde ajudando quem está doente...

VACA: - Ah, Borboleta, como você é careta!

BICHINHOS: - Ela não é careta não!

BORBOLETA: - Vaca Vanda, nós temos um grupo comandado pelo Macacalhães, um macaco que ajuda muitos bichinhos carentes. Venha fazer parte desse grupo.

VACA: - Ihhhh não tenho tempo, não tenho nada para dar.

BORBOLETA: - Todos nós temos algo para dar. Não só coisas materiais, como também temos os nossos dons: cantar, contar histórias, bordar, costurar. Podemos dividir nosso tempo com os outros visitando aos doentes, consolando os que perderam seus entes queridos, ajudando pessoalmente nas creches...

VACA: - Ah, eu sou muito talentosa, talentosa mesmo. Não comente com ninguém, mas eu fiz um chapéu lindo para o concurso da Carmen Minhocanda.

BORBOLETA: - Nós também fizemos, veja [mostra um chapéu grande e bonito]. Vários bichinhos se reuniram e saiu esta obra de arte. Queremos ganhar para doar o prêmio para a creche que a comunidade do Macacalhães ajuda.

VACA: - Doar uma tonelada de alimentos? Vocês são loucos!

BORBOLETA: - Desculpe Vanda, mas temos muita coisa a fazer ainda. Tchau [saem cantando] Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero ajudar.

VACA: - Vocês viram que chapéu lindo? Que ódio, que raiva...

DITÃO: - Que inveja, né Vanda?

VACA: - Já não chega aquela Borboleta metida e agora tenho que aguentar esse aí.

ÁRVORE: - Esse aí não. Esse é o meu amigo Ditão e ele tem razão. Você deveria mudar esse seu jeito tão egoísta. O Rei Leão não quer isso não!

DITÃO: - Amiga árvore você tinha razão, eu estava egoísta como essa Vaca Vanda. Que horror!

VACA: - Espera aí seus tagarelas. Parem de falar. Árvore, você está querendo dizer que o Rei Leão não gosta de mim? Que Ele não me aceita?

ÁRVORE: - O Rei Leão, com sua bondade, aceita cada animal do jeito que é, mas convida todos a uma mudança interior.

DITÃO: - Mudança interior... é isso aí: mudança do coração, mudança de mentalidade...

VACA: - Mas, que mal há em querer tudo só pra mim? Vocês dois não sabem de nada, nem são animais, como nós da floresta. Ei, filhotinhos [fala com as crianças da plateia], vocês acham que eles têm razão? [esperar resposta].

ÁRVORE: - Viu só? Até os filhotinhos já sabem os ensinamentos do Rei Leão: um ser irmão do outro, um ajudar ao outro.

VACA: - Mas eu já tenho [fala a idade de forma enrolada para ninguém enteder] sessenta e seis anos. Já está tarde para mudar.

DITÃO: - Para ser bom, não existe idade não. Só não muda quem não quer. Esse negócio de dizer que eu nasci e vou morrer assim, está fora de moda. Se você não quer mudar então joga o seu celular fora, anda de carroça... Por que você muda nas coisas externas e não pode mudar seu espírito?

BORBOLETA com os 2 ANIMAIS [entram em cena repetindo a frase]: - Para ser bom, não existe idade não.

BORBOLETA: - Nunca é tarde para recomeçar. Basta querer e fazer o bem. Querer é poder, e ainda mais com a ajuda de Deus!

VACA: - Borboleta, aquele convite para eu fazer parte da Comunidade do Macacalhães ainda está em pé?

BORBOLETA e BICHINHOS: - Claro! Pode vir. Aqui tem lugar para todos. Quem faz alguma coisa pelos outros, cresce e é muito mais feliz!

VACA: - Então vamos começar agora mesmo.

TODOS [saem de cena cantando]: “Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero ajudar. Quero doar, quero doar, quero doar e o mundo melhorar.”

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