top of page

Uma ponte de amor: o Espírito Santo

Jo 7, 37-39; 20,19-23

Autoras: Ana Káthia Guerra e Cecília Pelegrini

A historinha de hoje se passa na capela da Escola Coração de Jesus. A professora Maria saiu da sala de aula para ministrar a disciplina de religião na capela, pois a escola é católica e os alunos adoram o encontro semanal, para falarem dos ensinamentos de Jesus.

Os educandos Tiago, Marina, Igor e a Manuela já estavam sentados quando o Joãozinho entrou reclamando muito: - Ai, meu Jesuizinho me ajude... Lá vou eu de novo pra aula mais chata do mundo...

Como o colega nem olhou para eles, a Marina tomou a iniciativa: - Oi, né, Joãozinho?

Joãozinho continuou a reclamação: - E aí galera! Beleza? Mais um dia de aula. Vocês gostam de ir à escola? Eu não gosto... Aquela professora...

O Igor se levantou e perguntou: - O que tem a professora Maria, heim Joãozinho?

E toda a turma completou: - Nós gostamos dela!

Joãozinho começou a explicar: - Aquela professora... Mas ele percebeu a chegada da professora e mudou de comportamento, ficando sem graça: - Aquela professora linda, maravilhosa, vitaminada, sabichona... Oi, fessora! A senhora já chegou é... Que bom! Mas com ar de ironia ficou fazendo careta para as crianças da escola, e falou: - Amiguinhos, vamos dar bom dia para a fessora Maria: Bom dia querida professora Maria!

Todos a cumprimentaram: - Bom dia professora Maria!

A dona Maria disse: - Bom dia meus queridos alunos! Joãozinho, já começando suas artes...

- Que isso fessorinha linda... eu sou um “santo”! O problema é que eu não gosto de estudar. Só isso!

- Por que meu amor? Está com alguma dificuldade? A mestra perguntou preocupada.

O aluno respondeu: - Não. Só acho que não há nada pra aprender aqui. Prefiro ficar em casa ou na rua com os amigos jogando bola, vídeo game, azarando as gatinhas.

Ele riu e olhou para a Cintia, uma menina sentada no canto e depois ele fez charminho marcando encontro depois da aula. Depois se dirigiu a professora e continuou o discurso: - Assim terei mais futuro e posso aprender o que quiser com qualquer um.

A aluna Manuela enfatizou: - Pois fique sabendo que eu adoro todas as matérias.

Toda a turma concordou: - Nós também!

Joãozinho ficou indignado e perguntou: - Vai dizer que vocês gostam da aula de história?

Todos gritaram: - Gostamos!

A professora quis saber: - Você não gosta, Joãozinho?

E o menino falou com convicção: - Claro que não, história, história... pra que saber essas coisas tão velhas? Não servem pra nada! Menos a senhora fessora. Mesmo velhinha assim ainda serve pra alguma coisa...

Ele olhou para os colegas e deu risadas de sua fala irônica.

A Marina questionou: - Você também não gosta da Professora Maria, com suas aulas de religião?

A dona Maria também quis saber: - É Joãozinho, você também não gosta das minhas aulas de religião?

Ele respondeu: - Desculpa fessora, mas quem fala a verdade não merece castigo. O que vai mudar na minha vida saber quem é Jesus? Nem brinquei com ele nem nada...

Dona Maria perguntou: - Crianças, vocês concordam com o Joãozinho? Aqui na escola não aprendemos nada? Não é importante saber quem é Jesus e seus ensinamentos?

O menino rebelde reclamou: - Aí, sem sermão fessora. Duvido que hoje você vá ensinar algo que sirva pra nossa vida. Aliás, por que estamos aqui na capela da escola, por que não estamos na sala de aula como todos os dias?

Muito animada a mestra questionou: - Vocês querem saber por que viemos hoje aqui na capela?

Todos falaram: - Queremos!

Joãozinho se levantou e continuou a gritar sozinho: - Queremos, queremos, queremos...

Dona Maria chamou a atenção do garoto: - Joãozinho?

Ele percebeu e voltou ao seu lugar.

A mestra explanou com muito carinho: - Muito simples crianças! Viemos aqui hoje conhecer a história de uma das festas mais importantes da Igreja. Quem sabe que festa é essa?

O Igor respondeu: - Eu sei professora é a festa...

Joãozinho falou ansioso: - Festa? Tô dentro...Depois se levantou e continuou: - Manda aí fessora, qual é a parada? Também quero participar! Posso levar minha gatinha?

Novamente olhou para a Cintia e reafirmou o encontro após a aula.

Com muito carinho dona Maria o interrompeu: - Calma, calma, meu filho, volte a sentar. Não é bem esse tipo de festa.

O garoto falou antes de voltar ao seu banco: - Ara, que chatice.

O Tiago explicou: - É a festa de Pentecostes, não é professora?

Dona Maria iniciou uma brilhante explicação: - Isso mesmo: Pentecostes. Para contar esta história, preciso da ajuda de vocês. Combinado? Então fiquem atentos! Quando eu disser vento quero ver vocês soprarem e quando disser fogo, quero ver os braços para cima.

- Vento, fogo, Fogo, vento. Joãozinho se levantou e falava gesticulando, quando a professora perguntou: - Posso continuar?

Joãozinho acenou afirmativamente e a professora continuou: - 50 dias após a Páscoa os judeus tinham uma festa de Pentecostes. Nesta festa, celebravam a aliança que o povo estabeleceu com Deus.

Após bocejar, o menino João reclamou: - Vai demorar o falatório, professora?

Toda a turma retrucou: - Psiiiiiiiiiiu.

Manuela exclamou: - Essa história do Espírito Santo é linda!

Mais uma vez o menino danado se manifestou: - Fessora, a Carla está dizendo que você vai falar do Espírito Santo. Ele levantou-se e colocou um óculos de sol: - Tô pronto, falar de praia, sol, surf é comigo mesmo.

O Tiago foi pegá-lo pelo braço e colocou-o no banquinho: - Não é nada disso. A professora Maria vai falar da 3ª pessoa da Santíssima Trindade.

Toda a turma fez o sinal da cruz e rezou: - Pai, Filho e Espírito Santo.

O colega Igor completou: - Você precisa abrir bem os seus ouvidos para ouvir a história Joãozinho.

- Desculpa ai, foi mal. Depois de se desculpar o garoto pegou um cotonete e limpou os ouvidos: - Tô com os ouvidos bem abertos. Manda brasa fessora.

Calmamente a professora seguiu com seus ensinamentos: - Obrigada, meu filho. Vamos continuar. Depois de 50 dias que Jesus subiu aos céus, os apóstolos encontravam-se reunidos com Maria. Era o dia da festa de Pentecostes. Os apóstolos tinham muito medo de sair de casa e serem presos pelos soldados.

Tiago colaborou com a explanação: - Eles tinham medo de que os que mataram Jesus também quisessem acabar com eles.

- Isso mesmo. A mestra confirmou.

João levantou-se e começou a falar, gesticulando: - Bando de medrosos. Se fosse eu...

A sala pediu: - Psiiiiiiiiu.

Marina implorou: - Deixa a professora continuar, Joãozinho.

O garoto se acalmou e sentou-se novamente.

Dona Maria continuou: - De repente, escutou-se um forte vento e línguas de fogo pousaram sobre cada um deles. Todas as crianças sopraram e depois levantaram os braços.

A aula continuou: - Cheios do Espírito Santo, passaram a falar em línguas desconhecidas. Nesses dias, havia muitos estrangeiros em Jerusalém, que vinham de todas as partes do mundo para celebrar a festa de Pentecostes. Cada um ouvia os apóstolos falando em sua própria língua e compreendiam perfeitamente o que eles falavam.

Joãozinho, quis dar um de professor também: - Manero! Imaginem a cena.

Ele pega uma sombrinha da Manuela e abriu: A japonesa fala: arigatô, saionará. Depois pegou um croissant francês de dentro da lancheira e falou: - Bonjour, co man ta lê vu?

Toda a turma brava gritou: - Pára, Joãozinho!

O menino questionou: - Pô, não gostaram da minha performance? Todo mundo falando línguas diferentes e todos se entendendo. Manero, meu... Taí gostei!

A professora continuou: - Depois que receberam o Espírito Santo todos passaram a não ter mais medo e saíram espalhando a Palavra de Jesus a todos.

Todos os alunos bateram palmas: - Legal!

A mestre prosseguiu: - A Igreja nos ensina que o Espírito Santo é o amor que existe entre o Pai e o Filho. Com o amor divino de Deus dentro de nós, somos capazes de amar a Deus e ao próximo. O Espírito Santo nos ajuda a cumprir nosso compromisso de vida com Jesus.

Após refletir Joãozinho exclamou: - Nossa profa. Maria. Que história linda! Eu nunca imaginei que a igreja fosse assim... Eu sempre achei que só fosse esse monte de tijolo e bancos, aquela tia que sempre dá lembrancinha quando chega alguém novo no pedaço. Ah, eu até tenho que ir lá pedir desculpas porque eu sempre pego lembrancinha dizendo que é a primeira vez... e aquele pãozinho danado de bom que tem fila até pra pegar um pedacinho. É, eu estava enganado! Gostei do Espírito Santo.

A professora Maria afirmou: - É o Espírito Santo que nos dá força e nos orienta na nossa caminhada.

O menino reconheceu e agradeceu: - Obrigado professora Maria. Agora eu entendi: A igreja nasceu para unir as pessoas, fazer o bem ao próximo e espalhar por esse mundão os ensinamentos de Jesus. O Espírito Santo é uma ponte de amor.

Todos falaram felizes: - Isso mesmo, Joãozinho!

- Excelente definição Joãozinho: o Espírito Santo é uma ponte de amor. Por hoje é só meus amores! Até a próxima aula! Despediu-se a mestre.

Todos os alunos se levantaram e falaram: - Tchau, querida professora!

Posts Relacionados

Ver tudo
Mãe Natureza

Jo 9,1-41 Campanha da fraternidade 2004: Água, fonte da vida. Autoras: Vera Pastrello e Cecília Pellegrini A Mãe Natureza estava andando...

 
 
 
A alegria do encontro

Lc 1,26-38 Autoras: Cecília Pellegrini e Padre Magalhães A palhaça Paçoca entrou no picadeiro do Circo Alegria com o mágico Guto. Eles...

 
 
 

Comments


bottom of page