top of page

Unidos no amor!

Mc 10,2-16

Autora: Cecília Pellegrini

Num lindo recanto da floresta haverá um casamento que o macaco Macacalhães irá celebrar. Alguns bichos, todos com vestimentas chiques foram convidados e já estavam aguardando a chegada dos noivos.

O coro composto por papagaios, maritacas e araras iniciaram a cantoria.

Os noivos entraram, cada qual por um lado e ficaram parados.

O Macacalhães falou: - Estamos aqui reunidos para celebrar o casamento do Cachorraldo com a Cachorrina.

E o celebrante continuou: Cachorraldo deixará seu pai e sua mãe e Cachorrina também deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne.

Os noivos abraçaram seus pais em sinal de despedida e depois deram as mãos, caminharam juntos até o altar e se ajoelharam.

O macaco perguntou: - Vocês têm certeza de que querem ficar juntos na alegria, na tristeza, na saúde e na doença, um amando o outro, um ajudando o outro?

Cachorraldo e Cachorrina responderam: - Sim.

Macaco Macacalhães: - Então, em nome do nosso grande mestre o Rei Leão, eu vos declaro marido e mulher. Vocês estão unidos no amor!

E todos os convidados gritaram: - Viva!

Cachorraldo beijou a testa da Cachorrina e convidou: - Vamos para a festa!

Todos os convidados estavam indo para a festa quando Cachorrina falou: - Vamos para a festa Macacalhães.

Ele respondeu: - Eu irei. Podem ir na frente, pois tenho uma palavrinha com todos esses animaizinhos que estão aqui nesta celebração.

Os noivos responderam animados: - Então vamos.

O macaco refletiu com a comunidade: - Meus filhos e filhas, como vocês viram, celebrar um casamento é sempre um momento de muita alegria, festa, mas é preciso ficar firmes na missão de estar juntos. Cada um de nós tem um projeto de vida e o casamento é um projeto de amor. Lembrem-se sempre disso:

O casamento é um projeto de amor.

Depois começou a festa e após essa diversão toda, a vida de casados realmente começou para Cachorraldo e Cachorrina.

Os anos se passaram e eles tiveram dois cachorrinhos, o Banzé e o Bizu, que faziam muitas peraltices e barulho na casa da família.

Dona Cachorrina veio ver o que os filhos estavam aprontando e grávida, toda descabelada e irritada gritou: - Parem filhotes, a mamãe está cansada depois de um dia inteiro trabalhando fora. Agora preciso fazer o jantar, arrumar a casa, cuidar de vocês.

Os filhos continuavam brincando quando o marido Cachorraldo chegou do trabalho cansado e irritado e disse: - Oi.

A esposa respondeu oi e continuou seus afazeres domésticos. Ele sentou na poltrona da sala, começou a responder as mensagens no celular e depois gritou: - Querem fazer o favor de ficarem calados?

Cachorrina pediu: - Cachorraldo, será que dá para você me ajudar?

Ele respondeu: - Não, não dá porque eu tenho que ver meus compromissos de amanhã.

Com a voz embargada ela falou rispidamente: - Eu também preciso ver minhas coisas de trabalho para amanhã, mas temos nossa casa, nossos filhos para cuidar.

O marido exclamou: - Isso é serviço das fêmeas!

Cachorrina latiu: - o quê? Serviço das fêmeas?

E começaram a discutir alto, eram latidos e mais latidos e teve até rosnadas.

Banzé falou para o irmão: - O papai e a mamãe estão brigando de novo.

Bizu concordou: - É, eles sempre brigam. Antes eles se beijavam se abraçavam...

Banzé recordou: - É eles sempre estavam felizes, agora todo dia é briga e mais briga.

Bizu teve uma ideia: - Já sei o que fazer.

Animado Banzé pediu: - Então diga logo.

- Vou chamar o Macaco Macacalhães aqui em casa.

Banzé ficou feliz: - Boa ideia!

E Bizu saiu correndo, enquanto Cachorrina latia: - Volta aqui Bizu, tá vendo Cachorraldo, a culpa é sua.

O marido retrucou: - A culpa é minha? O moleque é sapeca e a culpa é minha?

E uma nova discussão começou com latidos que toda vizinha ouvia. Até que o Macaco Macacalhães entrou com o Bizu.

Meio constrangida Cachorrina falou: - Macaco Macacalhães, que honra!

Os cachorrinhos correram para abraçar o visitante e a mãe pegou os filhotes e falou brava: - Deixem ele em paz.

O macaco respondeu: - Deixe que os filhotes venham até mim. Não proíba não, pois o reino do Rei Leão é de todos que são como eles.

Os pequenos abraçaram o macaco com carinho e gritaram: Eba!

O Macaco Macacalhães perguntou ao casal: - Oi, meus filhos. Como vão as coisas?

Cachorraldo foi logo respondendo: - Mal, muito mal. O senhor não escolheu o melhor dia para aparecer.

Cachorrina completou: - Nossa casa parece um inferno!

Macaco Macacalhães quis saber: - Mas, o que está acontecendo?

A cachorra explicou: - Eu não aguento mais ter essa vida de tripla jornada: trabalho fora, acordo a noite quando o bebê chora, chego cansada e ainda tenho que lavar, passar, cozinhar, ajudar os filhotes na lição da escola. Ufa, não está fácil.

- Mas o Cachorraldo não ajuda? O Macaco perguntou.

Cachorraldo se assustou: - Como assim? Eu ajudar? Isso não é serviço para um cachorrão feito eu!

O Macaco refletiu: - Filho, quem escolhe se unir e formar uma família tem responsabilidades e dividir o serviço é uma delas.

- Mas, e as minhas coisas? O meu trabalho? Ele questionou.

O Macaco Macacalhães argumentou: - O seu serviço é uma coisa muito importante, pois traz o sustento para o lar, mas a sua esposa, os seus filhotes também precisam de você. Você acha justo a Cachorrina trabalhar fora e ainda trabalhar dentro de casa sozinha?

Nesse momento ouviu-se o latido do Banzé, o filho mais velho: - O papai e a mamãe mudaram. Eles não dão mais beijo.

E o Bizu continuou: - Não contam mais historinhas pra gente, não vamos mais passear no parque.

Os filhos foram unânimes em afirmar: - Eles só brigam.

O Macaco observou: - Vejam, seus filhos estão pedindo para vocês pensarem nos dias maravilhosos que esta família já viveu e ver se não vale a pena voltar a serem felizes.

O casal se entreolhou e o marido falou: - Nossa, eu nunca pensei que meus filhotinhos também estivessem tristes.

Depois ele abraçou os filhos e foi até a sua esposa e a abraçou também: - Desculpa-me Cachorrina, realmente estou sendo muito egoísta.

Ela ficou muito agradecida: - Obrigada Macaco Macacalhães, precisamos ser mais calmos...

O marido disse: - Prometo que serei mais companheiro, um pai presente, que divide todas as tarefas.

O Macaco relembrou: - Vocês prometeram que estariam unidos, lembram?

O casal completou: - Na saúde, na doença, nas alegrias e nas tristezas.

Macaco Macacalhães pediu: - Sempre unidos...

Todos prometeram: - Unidos no amor!

E essa linda família de cachorros vive em família e a casa se tornou um verdadeiro lar.

Posts Relacionados

Ver tudo
Mãe Natureza

Jo 9,1-41 Campanha da fraternidade 2004: Água, fonte da vida. Autoras: Vera Pastrello e Cecília Pellegrini A Mãe Natureza estava andando...

 
 
 
A alegria do encontro

Lc 1,26-38 Autoras: Cecília Pellegrini e Padre Magalhães A palhaça Paçoca entrou no picadeiro do Circo Alegria com o mágico Guto. Eles...

 
 
 

留言


bottom of page