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Vamos lutar pela vida!

Lc 21,5-19 

Autora: Cecília Pellegrini


Cenário: ao centro um painel representando uma fazenda, e nos dois lados desse painel estarão 3 atores que serão Árvore, Rio e Flor. No lado esquerdo, no chão, haverá um curral e no lado direito haverá um móvel alto e uma enorme TV sobre ele (será um retângulo de papelão com dimensão para que os dois repórteres apareçam na tela]

Personagens: Porquinha Quinha, Porca Porcina (mãe da Quinha), Boi Babão, Willian Bode e Fátima Bezerra.

Convidar crianças para fazerem as personagens do cenário: Árvore, Flor, Rio, Sol e o Planeta Terra.

[Música animada para a porquinha entrar dançando]

PORQUINHA [fala com a plateia]: - Oi amiguinhos, eu sou a Quinha, a Porquinha Quinha. Eu adoro viver aqui na fazenda, longe da poluição. Vejam como minha pele é limpinha! [vai falando e explorando o cenário]: - Frutas madurinhas. Bom dia Pé de Maçã!

ÁRVORE: - Bom dia Quinha!

PORQUINHA: - Flores perfumadas. Oi Margarida!

FLOR: - Oi Porquinha!

PORQUINHA: - Água limpa e fresca: Dia seu rio.

RIO: - Um lindo dia para você amiga!

[Boi mugindo entra em cena]: - Sua porca, sua porca...

PORQUINHA: - Nossa, boi Babão, isso lá é jeito de falar com uma jovem porquinha feito eu?

BOI: - Desculpe Quinha, mas a coisa está feia, feia não, está horrorosa, tenebrosa, macabra... Você vai cair dura quando souber.

PORQUINHA [com medo]: - Pára, pára. Conta logo, pois já estou com medo.

BOI: - Para você não pensar que estou exagerando você verá tudo pela televisão. [Ele vai até a TV e finge ligá-la]

[Música do jornal nacional. Entra em cena uma criança toda de azul, com a figura do Planeta Terra pendurada no pescoço e se coloca ao lado da TV. Um casal de repórter, que estavam escondidos atrás do móvel, aparece na tela da TV e ao parar a música começam a apresentar o noticiário]

WILLIAN BODE e FÁTIMA BEZERRA: - Méééé! Bom dia!

PORQUINHA: - Eu adoro o William Bode e a Fátima Bezerra.

BOI: - Psiu, quieta para você ouvir tudo.

WILLIAN: - Uma onda de tragédias assola o nosso planeta: aquecimento global...

FÁTIMA: - Desmatamento, drogas...

WILLIAN: - Tráfico de armas, pessoas e de animais...

FÁTIMA: - Terremotos, doenças...

WILLIAN: - Crianças que ainda morrem de fome...

WILLIAN e FÁTIMA: guerra... [fazem som de metralhadora]

[Enquanto falaram sobre as tragédias, a criança pegará um véu preto grande e, a cada tragédia, ela levantará esse véu e irá colocando devagar sobre sua cabeça e, consequentemente, o planeta terra pendurado ao pescoço ficará encoberto também]

WILLIAN: - A zona rural que antes era o próprio paraíso, também está sendo alvo dos bandidos.

FÁTIMA: - Inúmeras fazendas, sítios e chácaras já foram assaltados, os animais foram roubados, violentados... 

WILLIAN e FÁTIMA: - Massacrados.

WILLIAN: - O Jornal Rural fica por aqui. Um ótimo dia para vocês.

FÁTIMA: - Bom dia e até amanhã.

[Música do Jornal Nacional. O casal de repórter se esconde atrás do móvel]

PORQUINHA [tremendo]: - Boi Babão, eu estou com muito medo.

BOI: - Eu também, eu também! [começa a tremer].

MÃE PORCA PORCINA [entra em cena chamando pela filha]: -Quiiiiinhaaaaa...

[vê os dois tremendo]: - O que aconteceu?

PORQUINHA e BOI: - Uma tragédia! [tremem]

MÃE [vai acalmá-los]: - Calma. Respirem fundo e agora me contem tudo.

PORQUINHA: - Mãe, o Willian Bode e a Fátima Bezerra falaram coisas horríveis que estão acontecendo.

BOI: - É dona Porcina, sabia que a violência chegou até nas fazendas? Nós seremos os próximos.

PORQUINHA [desesperada]: - O mundo vai acabar!

MÃE: - Realmente o mundo não é eterno, essa é uma verdade difícil de aceitar.

PORQUINHA e BOI: - Você tem razão! [tremem]

PORQUINHA [entra no curral e começa a cantar]: - “Daqui não saio, daqui ninguém me tira...”

MÃE: - Coragem, minha filha!

BOI: - Ela tem razão, o melhor é se trancar dentro de casa e se proteger [entra no curral e cantam juntos]: - “Daqui não saio, daqui ninguém me tira...”

MÃE: - Quinha, Babão, lembrem-se que o nosso mestre Cordeiro disse que isso poderia acontecer.

PORQUINHA e BOI: - Ele disse?

MÃE: - Sim, disse, mas Ele também falou que aqueles que acreditassem Nele, aqueles que ficassem firmes em tudo o que Ele nos ensinou ganhariam a VIDA.

PORQUINHA [sai do curral]: - Mãe, como assim, ficar firme? [fala e fica com os músculos retesados, estilo estátua].

MÃE: - É ter coragem, isso quer dizer: ânimo, valentia, perseverança. Energia para tentar mudar as coisas, entendeu?

PORQUINHA: - Mudar as coisas? Quer dizer que outro mundo é possível?

ÁRVORE, RIO, FLOR e a MÃE: - Mas é claro!

MÃE: - Nosso Mestre ensinou a amar, a dividir, não mentir, não brigar.

PORQUINHA: - Então é fácil, de agora em diante vou convidar todos a construir esse mundo do qual nosso Mestre ensinou.

MÃE: - Isso mesmo, isso é transformar a realidade violenta em realidade de paz.

BOI: - Como vocês são simplórias. Até parece que conseguirão. Os homens já destruíram muito! É o fim dos tempos!!!

MÃE: - Todas essas tragédias que acontecem não é castigo, nem é o fim do mundo. 

BOI: - Não?!

MÃE: - É um alerta sobre o nosso comportamento em relação aos outros e à natureza.

ÁRVORE:-  Então não podemos nos esquecer uns dos outros.

FLOR: - Não podemos mentir.

RIO: - Não podemos destruir a natureza.

TODOS: - A natureza é de todos!

PORQUINHA: - Vamos destruir o mundo injusto e violento! [o planeta retira o véu preto de sua cabeça].

TODOS: - Vamos lutar pela Vida!

PORQUINHA e BOI [cantam]: - “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!”

MÃE: - Se cada um tratar melhor o seu irmão, se cada um cuidar bem do planeta, se cada um partilhar o que tem, nascerá e brilhará o sol da justiça. [Enquanto a mãe fala, uma criança com uma fantasia de sol aparecerá acima do painel]

TODOS [apontando para o sol]: - O Sol da Justiça já nasceu! Viva! Tchau.

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