Vida e alegria!
- pelegrincecilia
- 5 de jun. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 22 de jun. de 2020
Lc 7,11-17 Autora Cecília Pellegrini
Era uma vez 4 Palmeirinhas que estavam muito fracas, com seus galhos muito secos, pois há meses não chovia.
Um Cacto chegou, reclamando o tempo todo: - Eita sol quente e terra seca... Mas hoje comemoramos o Dia do Meio Ambiente e não vou reclamar! Quero festejar!
As Palmeiras imploraram: - Estamos com sede! Ajude-nos, por favor! Água... Água...
O Cacto, egoísta começou a debochar: - Vejam que fracotes! Estão desmilinguidas. Me digam, suas feiosas: qual é a planta que consegue sobreviver num lugar seco? Qual? Claro que sou eu, o cacto!
Ele dá uma gargalhada bem forte.
Uma das Palmeiras cria coragem e vai se rastejando até o cacto e suplica: - Tenha pena de nós Cacto, nos dê um pouco da sua água...
O Cacto esbravejou: - Mas não dou mesmo, sai de perto de mim.
Ele colocou seus espinhos na Palmeira que se afastou, dando um grito de dor: - Ai...
Além de não se compadecer, ainda fala bravo: - Se tenho a capacidade de conservar água em meu caule, é toda para mim, o espinhudinho aqui: me, mim, comigo.
De repente, outra palmeira diz : - Veja, essa palmeira já está quase mor-ren-do... Ohhhhh!!
Mal iniciou a fala, sua irmãzinha foi se curvando e caiu ao chão. As outras palmeiras começaram a chorar e a dizer: - Ela morreu, ela morreu!
O Cacto fala irritado: - Além desse calor terrível eu ainda tenho que aguentar essa choradeira das palmeiras...
A Mãe Natureza chega e ao vê-la o Cacto começa a reclamar: - Ainda bem que a senhora chegou, Mãe Natureza, porque não tá fácil aguentar esse chororô.
A Mãe Natureza vai até a Palmeira caída, coloca a mão sobre ela e diz: - Levanta-te!
A Palmeirinha se levanta e as outras palmeiras, que a tudo presenciavam, ficam espantadas, mas ao mesmo tempo ficam muito felizes e agradecidas. Elas dizem: - Ahh!! Ela viveu! Obrigada Mãe Natureza!
O Cacto também ficou muito admirado: - Uau, caramba! A Palmeirinha ali caidinha, mortinha e agora está vivinha!
A Palmeira renascida reforça: - Mãe, você nos dá força, esperança...
As irmãs Palmeiras completam: - Você nos dá vida!
O Cacto reconhece: - É mesmo, tenho que concordar: você sempre é amorosa, mesmo comigo que sou assim... assim... assim... um pouco espinhudinho.
As palmeiras concordam: - Muito espinhudo!
A Mãe Natureza pergunta: - Cacto, você acha certo ser egoísta e não repartir a água que você tem com as palmeiras?
O cacto gesticula dando a entender que não sabe.
Já que o Cacto não sabe eu pergunto à você que está lendo essa historinha: - Você não acha que o Cacto deveria ajudar as palmeiras que estão sofrendo? Você não acha que o Cacto deveria ser sempre bom?
Ouviu o que a leitora disse meu filho? Está na hora de você despertar, acordar pra vida.
O Cacto se faz de desentendido: - Acordar pra vida? Mas eu estou vivinho, todo verdinho... Veja aqui ó!
Ele começa a pular, mostrar o próprio corpo, afirmando que está bem acordado.
Mas a Mãe Natureza diz: - Eu te conheço desde que você nasceu e fico triste em ver que você está no caminho errado, do egoísmo, da tristeza.
O Cacto discorda: - Triste, eu? Que nada... eu dou risada o tempo todo ha, ha, ha...
Ele aponta as palmeiras e começa a rir sem parar.
Mas a Mãe Natureza questiona: - Será que isso é alegria? Rir da desgraça, da miséria do outro? Meu filho, você está sempre sozinho...
As palmeiras concordam: - É, está sempre sozinho!
Uma Palmeira afirma: - Você quer tudo só para si....
E a Mãe continua: - Todos nós nascemos para sermos bons. O tempo está passando e você está desperdiçando a sua vida.
Ele pergunta: - Você acha que estou desperdiçando a minha vida?
A Mãe afirma que tem certeza!
O Cacto fica intrigado: - E mesmo eu sendo tão errado, a senhora se preocupa comigo? Não desiste de mim?
A Mãe vai até o Cacto e olha bem nos olhos dele para falar: - Filho, eu te amo tanto!
E depois de falar dá um forte abraço no cacto.
Ele fica emocionado e diz: - Eu sempre usei meus espinhos para afastar os outros de mim, mas como é gostoso esse tal de abraço...
Abraça a Mãe novamente e pergunta à você que está lendo essa historinha: - Você já deu um abraço bem gostoso na mamãe hoje? Quem não deu precisa dar, precisa dar. É tão bom! Tão bom!
E depois pede perdão: - Mãe, você perdoa tudo de ruim que eu já fiz?
A Mãe Natureza, com muita doçura responde: - Claro meu filho!!! Mas preste atenção para não repetir os mesmos erros.
E depois ela faz uma pergunta: - Agora me respondam: quem eu sou?
Todos respondem: - Você é a nossa mãe.
Ela continua: - Se sou a mãe de todos significa que vocês são irmãos, não é?
Sim! Foi o que todos responderam.
A mãe diz: - Pois é exatamente quando eu não estou aqui que vocês precisam ajudar uns aos outros, entenderam?
Mais uma vez todos responderam Sim!
O Cacto, transformado, faz uma promessa: - Mãe, você me deu bons conselhos. Eu prometo tratar melhor as plantas e todo meio ambiente, não fazê-las sofrer e ajudá-las sempre.
E alimentou cada plantinha com sua água. As palmeiras foram se restabelecendo e ficaram bem verdinhas novamente. Elas agradeceram o amigo pela partilha.
A Mãe Natureza batia palmas de tanta felicidade e falava a todos: - Uma salva de palmas para o Cacto que agora só faz o bem! E viva a vida!
E todos gritavam: - Viva!
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